Madeira

Obrigado!

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Boa noite.

Fecha-se o ano. Um ano que muitos querem riscar do calendário porque é sinónimo de morte, de privação, de desespero e de incerteza. Um ano que não vai deixar saudades, mas que nos deixa várias lições. Um ano em que podemos encontrar heróis, gente de um altruísmo comovente e de uma generosidade que não devia deixar ninguém indiferente. Um ano cruel, mas autêntico.

Deste ano atípico e de reencontro com nós mesmos guardo momentos únicos, por vezes desconcertantes e inimagináveis, mas férteis em dimensão humana, em partilha de saberes e em desafios à reflexão antes da acção. Dar comigo a jogar monopólio com os meus dois filhos já maiores ou a ajudar assiduamente nas lides caseiras é mais do que um sinal dos tempos. È amor em estado puro no tempo dos afectos contidos.

É hora de agradecer. Por estarmos vivos e com saúde,  focados no combate e no escrutínio do que é essencial.

Obrigado a todos os que contribuíram para a nossa felicidade possível, tanto colectiva como pessoal, e que nos fizeram desviar das redes sociais para atender aos dramas da humanidade que não tem zonas de conforto, nem de fuga ao infortúnio.

Obrigado aos que nos leram e deram um incentivo elementar para que possamos continuar a dar notícias com lucidez.

Obrigado aos que nos criticaram com argumentos válidos e até aos que não nos suportam para assim se sentirem realizados, pois com uns e com outros aprendemos a ser mais humildes e a ter mais tolerância e respeito pela diversidade.

Obrigado aos que gostam de nós, as nossas famílias e amigos, muitas vezes privados da nossa presença, mas compreensivos e que assim nos tornam robustos nesta tremenda luta incessante que veio para ficar.

Obrigado aos que mesmo com pouco fizeram muito por aqueles que mais precisam.

Obrigado aos que investiram em nós e nos deram confiança para que os processos de criação possam continuar a surpreender.

Obrigado estimados camaradas que envergam com orgulho a camisola da informação com uma disponibilidade contagiante, sem hora certa, nem folgas fixas. Dar-se de alma e coração a esta missão não nos vai tornar ricos, mas com toda a certeza realizados.

Que venha 2021. Estamos prontos.

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