E seu pudesse mudar Portugal!
Finaliza-se um ano atípico onde tudo foi diferente. Todos os modos de vida do cotidiano tiveram de ser alterados e os motivos é de todos sabido. Nem no tempo da ditadura houve tanta proibição, e restrição às liberdades dos cidadãos. Aproxima-se o início de um novo ano onde a incerteza ainda paira nas nossas vidas. Para iniciar o ano novo e já no mês de Janeiro os portugueses serão chamados a eleger novamente um presidente da república, para um período de mais 5 anos. Não querendo analisar o desempenho do actual presidente, mas o certo é que muita coisa se passou de negativo no nosso país. Desde os desastres de Pedrogão, aos de Leiria, o desastre de Borba, o roubo de armas em Tancos, a continuada corrupção sem julgamentos à vista, enfim uma série de situações que ainda aguardam que sejam apuradas as causas e seus culpados, se é que os há! as noticias focam a diário o continuado de corrupção por parte da classe política, gestores e banqueiros e as culpas continuam por apurar. Conclusão; o povo na sua insegurança e ingenuidade, acha-se incapaz e sem meios de por cobro a todas estas situações. Mas eis que a democracia e a liberdade põe à disposição desse mesmo povo incrédulo, a possibilidade de que possa mudar de atitude e de comportamento, pois através do voto inteligente, responsável e porque não patriótico, poderia fazer com que o panorama político em Portugal mudasse de rumo. No último acto eleitoral 2015 para a presidência da república, mais de 50% dos eleitores inscritos não votaram, isso quer dizer que mais de metade da população deixaram à escolha dos restantes, a decisão de eleger o máximo magistrado da nação. Volvidos 5 anos e pela experiência que ao longo dos tempos vem se manifestando, poderá novamente suceder a mesma coisa o que seria uma catástrofe, pois aquele que diariamente manifestam a sua indignação e revolta contra este regime, deixam por mãos alheias a possibilidade de poderem fazer alguma coisa para que algo mude neste país. Terá que ser em primeira mão o mudar de atitude dos cidadãos e em vez de se desinteressarem por participar no acto eleitoral, deveriam mostrara a sua indignação e revolta votando massivamente e se possível contra o actual modelo de democracia que institucionalizou a corrupção, legalizou o roubo e instrumentalizou a justiça para benefício da classe política corrupta. A 24 de Janeiro deste novo ano que se inicia, os portugueses serão chamados a votos, oxalá e a consciência de cidadania se manifeste na mente deste povo massacrado, e desiludido, revoltado e indignado, mas que tem enorme dificuldade em aprender a conviver em liberdade e a lidar com a democracia. O slogan do 25 de Abril é agora mais evidente do que nunca.( O povo é quem mais ordena) mas será necessário que esse mesmo povo se empenhe a sério naquilo que realmente lhe é assignado, a luta pela liberdade e a participação activa na evolução da democracia. por isso não deixem nas mãos dos outros aquilo que vocês querem mudar. Para que algo de novo aconteça no novo ano; Votem, pois abstenção não é a solução para combater a corrupção.
A. J. Ferreira