20 mil pessoas passam noite fora de casa após sismo que já fez sete mortos na Croácia
Cerca de 20 mil pessoas vão passar a noite fora de casa por receio de eventuais réplicas do violento sismo que causou hoje, pelo menos, sete mortos na Croácia, de acordo com a última informação provisória.
O Primeiro-Ministro croata, Andrej Plenkovic, confirmou o número de vítimas mortais mas advertiu que "existem provavelmente mais", na sequência do abalo de 6,4 na escala de Richter, que foi sentido em vários países vizinhos e até em Viena, capital da Áustria.
Enquanto prosseguem as buscas por sobreviventes entre os escombros, o responsável de gestão de crises da União Europeia, Janez Lenarcic, adiantou que já na quarta-feira devem chegar ao país tendas de campanha, camas, sacos-cama e contentores de abrigo para ajudar os desalojados.
"Não é seguro estar aqui, isso é claro como o dia", admitiu o Primeiro-Ministro, Plenkovic, ao explicar que as autoridades iriam instalar contentores para instalar as pessoas cujas habitações se encontram em risco.
A localidade de Petrinja foi uma das mais atingidas pelo sismo que, segundo o instituto de geofísica americano (USGS), teve o seu epicentro a cerca de 50 quilómetros a sudeste da capital Zagreb, na região de Sisak, abalada no dia anterior por tremor de terra de menor intensidade.
Segundo a polícia croata, uma criança foi encontrada morta em Petrinja, além de cinco pessoas da aldeia vizinha de Glina, enquanto pelo menos duas dezenas ficaram feridas, seis das quais com gravidade.
A eletricidade foi cortada em Petrinja, deixando às escuras o centro da cidade onde vários edifícios da praça principal ficaram completamente destruídos.
A polícia e o exército continuam a limpar os escombros com recurso a retroescavadoras.
De acordo com o USGS, o sismo de magnitude 6,4 foi registado às 12:19 (11:19 em Lisboa) a uma profundidade de 10 quilómetros.
O epicentro foi a cerca de 50 quilómetros a sudeste da capital da Croácia, Zagreb, a 2,9 quilómetros a sul-sudeste de Petrinja e a 8,7 quilómetros a sudoeste de Sisak.
A mesma zona já tinha sido abalada por um sismo de magnitude 5,2 na segunda-feira, situação que também tinha provocado o pânico entre a população local.
Depois do sismo de hoje, sentiram-se duas réplicas, ambas com mais 4,0 de magnitude, segundo o Instituto Sismológico da Croácia.
Outras fontes, como foi o caso do Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo, atribuíram ao sismo de hoje uma magnitude entre 6,2 e 6,3 na escala de Richter.