Madeira

Madeira tenta evitar corte no novo quadro comunitário

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Depois de ter garantido, junto da Comissão Europeia, a continuidade do envelope financeiro da Política Agrícola Comum para 2021 e 2022 e, nesse contexto, 1,1 milhões de euros por ano para o POSEI, o Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, trabalha para assegurar que o Parlamento Europeu não avance com o proposto corte de 3,9% no novo quadro comunitário (2023-2027), que poderá significar a perda de cerca de seis milhões para os cofres da Região.

“Por decisão da Comissão Europeia, estava previsto um corte de 3,9% das verbas do POSEI já no próximo ano, que iriam afectar as Regiões Ultraperiféricas (RUP), mas o Governo Regional, na sequência de vários encontros com parceiros europeus e com a Ministra da Agricultura, conseguiu garantir que neste quadro de transição as verbas se irão manter”, garante Humberto Vasconcelos, salientando que é preciso continuar a lutar pela manutenção do POSEI no próximo quadro comunitário, entre 2023 e 2027.

“É fundamental que toda a Europa entenda que as Regiões Ultraperiféricas vivem uma situação muito particular e que a agricultura tem custos acrescidos, daí que seja fundamental a manutenção deste tipo de apoios para que possamos continuar a ter crescimento agrícola, manter postos de trabalho e, ao mesmo tempo, a humanizar das paisagens”, explicou o secretário regional da tutela, após a reunião que manteve ao início desta tarde, através de conferência telefónica, com vários representantes dos países que têm RUP, também dos Açores e Canárias, e ainda do Eurodom, representado pelo seu director executivo, Gérrad Bally.

Humberto Vasconcelos destaca a definição de uma estratégia para que sejam dados novos passos para a manutenção dos valores do POSEI. “Vamos continuar atentos e combativos para que os países que continuam com a ideia de proceder a cortes às Regiões Ultraperiféricas não avancem com a proposta. Do ponto de vista agrícola, é fundamental manter o POSEI, caso contrário terão de ser os governos regionais a suportar os custos acrescidos da ultraperiferia”, referiu o governante, acrescentando que a Europa na sua coesão territorial “tem de pensar nas regiões mais desfavorecidas”.

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