Madeira

Quase metade das mulheres em idade fértil na Madeira não tem filhos

Dados divulgados esta manhã pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, no âmbito do Inquérito à Fecundidade

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As mulheres residentes na Região estão longe de alcançar a fecundidade desejada ao longo da vida. Este é um dos resultados revelados esta manhã pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) no âmbito da divulgação dos resultados do Inquérito à Fecundidade (IFEC), operação amostral executada na Região entre Setembro de 2019 e Fevereiro de 2020, junto de 1 231 alojamentos. 

Refira-se que à semelhança do último Inquérito à Fecundidade, realizado em 2013, este inquérito teve como objectivo obter informação detalhada sobre o fenómeno da fecundidade em Portugal, informando acerca do número de filhos que as pessoas têm, esperam ou desejam ter ao longo das suas vidas, e os motivos que condicionam a decisão de ter ou não ter (mais) filhos.

A informação hoje divulgada sobre a Região diz respeito a mulheres em idade fértil, dos 18 aos 49 anos e o Inquérito demonstra que 61,3% das mulheres residentes na Região em idade fértil espera ter pelo menos dois filhos e 79,5% desejaria ter pelo menos dois filhos ao longo da vida. Contudo, a grande maioria não tem filhos (45,7%) ou tem apenas um filho (24,0%).

Muito embora apenas 30,3% das mulheres, tenham efectivamente, 2 ou mais filhos, a esmagadora maioria (98,1%) considera 2 ou mais filhos como número ideal de filhos numa família (independentemente de ser a sua). São as mulheres da Região que reportam 'ideais' mais elevados no contexto das regiões NUTS II do país, 2,60 filhos, em média.

As mulheres dos 18 aos 49 anos, residentes na Região, actualmente, não chegam a ter 1 filho em média (0,96 filhos na R. A. Madeira e 0,98 em Portugal), no entanto pensam vir a ter, em média, 1,74 filhos (1,75 em Portugal) e desejariam ter, em média, 2,14 filhos (2,19 em Portugal).

Os primeiros resultados mostram que entre “desejos” e “realidade” há um grande desfasamento, uma vez que as mulheres residentes na Região estão, ainda, longe de alcançar a sua fecundidade desejada ao longo da vida.

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