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Presidente do México classifica confinamentos como "ditadura"

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O Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, sugeriu hoje que os políticos que impõem confinamentos ou recolher obrigatório para limitar a propagação da covid-19 estão a agir como ditadores.

Estes comentários foram proferidos enquanto López Obrador se esquivava, novamente, a perguntas sobre o porquê de quase nunca usar máscara, dizendo que é uma questão de liberdade.

O Presidente mexicano afirmou que as medidas que limitam os movimentos das pessoas estão "na moda entre autoridades... que querem mostrar que têm pulso firme, ditadura".

"Muitos deles estão a deixar os seus instintos autoritários aparecer", apontou Lopez Obrador, acrescentando que o "fundamental é garantir a liberdade".

Porém, não ficou claro se o líder mexicano se referia a autoridades de outros países ou aos líderes locais de partidos da oposição que tentaram impor limites no México.

Em todo o mundo, muitos governos implementaram efetivamente confinamentos ou limites sobre quando as pessoas podem sair de casa, algo que López Obrador tem resistido a fazer, argumentando que algumas pessoas vivem no dia-a-dia do que ganham nas ruas.

"Toda a gente é livre. Quem quiser usar uma máscara facial e se sentir mais seguro, pode fazê-lo", continuou.

O Governo mexicano tem oferecido conselhos mutáveis e contraditórios sobre a utilidade do uso de máscaras faciais.

O México registou quase 107.000 mortes atribuídas a covid-19 até agora, o quarto maior número de mortes no mundo, apesar de fazer relativamente poucos testes, sendo que as autoridades estimam que o número real de óbitos esteja perto dos 150.000.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 1.482.240 mortos resultantes de mais de 63,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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