Quebra superior a 20% no tráfego da Via Rápida e Via Expresso
DREM divulga pela primeira vez dados sobre o movimento das principais estradas regionais da RAM
Entre Janeiro e Setembro de 2020, o tráfego rodoviário na Via Rápida e Via Expresso caiu 20,2% e 21,2%, respectivamente, em compração com o período homólogo. É a primeira vez que a Direcção Regional de Estatística (DREM) divulga informações sobre o tráfego das principais estradas regionais, nomeadamente as que estão na alçada direta da RAM, bem como nas concessionadas à VIALITORAL e à Concessionária de Estradas VIAEXPRESSO da Madeira, S.A, com base nos dados fornecidos à DREM pela Direção Regional de Estradas (DRE).
A DRE, explica a DREM, disponibiliza estes dados com base em informação retirada dos terminais de registo e controlo do tráfego situados nas suas instalações e relativo aos contadores instalados nas vias.
Via Rápida e Via Expresso
Considerando as vias no seu conjunto e desagregando por mês, a DREM destaca que o mês de Abril - quando vigorou o estado de emergência, com grande parte da população confinada - registou o maior decréscimo de circulação de automóveis, com o tráfego rodoviário a diminuir 65,3% face ao mesmo mês em 2019. A partir de Maio houve uma recuperação progressiva, mas ainda abaixo dos valores mensais do ano passado, como evidenciam os números de Setembro, no qual há uma queda homóloga de 8,4%.
Os dados anuais, disponíveis entre 2012 e 2019, apresentam um crescimento sucessivo do tráfego desde 2014. Refira-se que, em 2013, o número de veículos contabilizados pelos contadores de tráfego nas estradas em apreço desceu 1,4% face a 2012, o que poderá ser um reflexo da crise económica nesse período, que aliás levou a reduções sucessivas do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2011 e 2013.
A evolução do tráfego desde 2014 está em linha com o crescimento da economia, que é traduzido não só pelos dados conhecidos do PIB (cuja última informação é referente a 2019), como pelo Indicador Regional de Atividade Económica, que evidenciou aumentos homólogos até Fevereiro de 2020. Embora o ano de 2020 ainda não esteja fechado, é já evidente que o mesmo marcará uma interrupção da tendência de crescimento, sendo previsível que os números do tráfego sejam os mais baixos da série disponível.