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Ministra da Saúde diz que chegada das primeiras vacinas renova a esperança

A ministra da Saúde Marta Temido segura um frasco do primeiro lote das vacinas contra a Covid-19 que chegou hoje a Portugal.
A ministra da Saúde Marta Temido segura um frasco do primeiro lote das vacinas contra a Covid-19 que chegou hoje a Portugal., José Coelho/LUSA

Ministra da Saúde diz que chegada das primeiras vacinas renova a esperança

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que a chegada a Portugal do primeiro lote das vacinas contra a covid-19 marca o início de "uma nova esperança" para vencer a pandemia.

"Abre-se uma nova esperança e uma perspetiva nova", declarou Marta Temido à agência Lusa, nas instalações do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) onde as vacinas foram acondicionadas, em Arazede, uma freguesia do concelho de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra.

Na sua opinião, o momento que o país está a viver, com a distribuição das primeiras vacinas pelas empresas farmacêuticas, em Portugal e um pouco por todo o mundo, "simboliza também o que é a capacidade da ciência de ajudar a resolver problemas novos".

"O inverno ainda mal começou", afirmou, mas também "o trabalho ainda agora começou" no que respeita ao plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, cujos procedimentos serão reforçados à medida que chegarem os próximos de lotes.

Para Marta Temido, o Governo, os profissionais de saúde e os portugueses em geral "arrancam para 2021 com esperança e energia redobrada" face à necessidade de dar resposta ao "muito que importa fazer" no contexto da luta contra a pandemia da covid-19.

A ministra da Saúde enalteceu o trabalho realizado, desde que o novo coronavírus foi detetado em Portugal, no início de março, frisando que o Governo contou com o empenho dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre outras áreas da administração pública, para "enfrentar uma doença que não era conhecida".

"Este foi um ano extraordinariamente difícil e duro para a maioria de nós", sublinhou, nas declarações à Lusa, no interior das instalações do SUCH.

Por outro lado, a generalidade dos cidadãos e instituições portuguesas soube "cumprir regras novas" face à situação de emergência que atinge o país e o mundo.

"Mas estamos agora mais bem preparados", salientou Marta Temido, que partilhava um sentimento de notória satisfação com a comitiva civil, além de dezenas de elementos das forças de segurança, com destaque para a GNR, e alguns responsáveis das Forças Armadas.

Entretanto, disse, o Governo vai "alargar o programa de vacinação" dos profissionais do SNS nos principais hospitais públicos.

Além do lote de 9.750 vacinas que chegou hoje a Portugal, através de Vilar Formoso, na fronteira com Espanha, foi antecipada a entrega de mais 70.200 doses, que deverão chegar na segunda-feira.

"Tivemos essa boa notícia antes do Natal", congratulou-se Marta Temido, ao indicar que este reforço vai também permitir a vacinação dos trabalhadores de saúde nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

A ministra da Saúde elogiou o trabalho dos profissionais do Estado, designadamente das áreas da defesa, segurança e saúde, para que o primeiro lote pudesse ser hoje acolhido, na região Centro, no município de Montemor-o-Velho.

Escoltada por forças de segurança, a viatura refrigerada que transportou as vacinas, duas caixas com um peso total de 41 quilogramas, entrou no perímetro da unidade de armazenamento cerca das 09:45.

O processo de abertura da carrinha, que estava selada, e de acomodação das vacinas foi assegurado por trabalhadores do SUCH e outros responsáveis, acompanhados pela ministra da Saúde.

A campanha de vacinação contra a covid-19 arranca no domingo em Portugal.

À semelhança de outros países da União Europeia, a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável.

Marta Temido revelou na ocasião que os profissionais dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central seriam os primeiros a ser vacinados.

Em Portugal, morreram 6.478 pessoas dos 391.782 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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