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Irlanda obriga 30 mil viajantes do Reino Unido a isolar-se duas semanas

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Cerca de 30.000 pessoas que chegaram à Irlanda provenientes do Reino Unido desde 08 de dezembro vão ter de ficar 14 dias "isoladas em quartos" para combater os contágios pela nova estirpe do coronavírus da covid-19.

O diretor do serviço de Saúde irlandês, Colm Henry, admitiu hoje que a nova medida é "dolorosa, mas necessária", principalmente para quem chegou à Irlanda depois de 10 de dezembro, já que terá de passar o Natal isolado.

Até terça-feira, todos os passageiros que chegavam à Irlanda de qualquer destino, exceto da província britânica da Irlanda do Norte, tinham "apenas" de restringir os seus movimentos durante duas semanas, mas a medida foi endurecida para os viajantes da Grã-Bretanha (Escócia, País de Gales e Inglaterra), que ficam obrigados a "isolarem-se imediatamente".

Isto "significa que têm de se manter sempre nos seus quartos" a menos que tenham de "sair por alguma razão crucial", explicou Colm Henry.

As autoridades estimam que cerca de 30.000 pessoas viajaram do Reino Unido para a Irlanda desde o dia 08 de dezembro, tendo, por isso, reforçado os sistemas de acompanhamento e contacto para garantir que a maioria cumpre as novas restrições.

Embora ainda não haja confirmação oficial, as autoridades suspeitam que a nova variante do SARS-Cov-2, detetada no Reino Unido, já esteja presente na Irlanda, o que levou o Governo de Dublin a introduzir novas restrições no país a partir da véspera de Natal.

Entre outras medidas, Dublin manterá, pelo menos até 31 de dezembro, a suspensão de todos os voos provenientes do Reino Unido, decisão adotada no domingo, inicialmente por 48 horas.

Os últimos números oficiais indicavam, na terça-feira, 13 novas mortes registados nas 24 horas anteriores, elevando o número de óbitos provocados pela covid-19 para 2.171, tendo ainda sido detetadas 970 novas infeções, num total de 81.228 pessoas desde o início da pandemia.

O Reino Unido atingiu na terça-feira o pico de infeções por covid-19, com 36.804 casos, impulsionado em grande parte pela mutação do coronavírus encontrada neste país. O número diário de mortes subiu para 691, segundo o governo.

As autoridades britânicas alertaram, no sábado, a Organização Mundial da Saúde sobre a descoberta de uma nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.703.500 mortos resultantes de mais de 77,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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