Contas no Twitter do novo Governo dos EUA sem transferência automática de utilizadores
A rede social Twitter anunciou na terça-feira que não vai transferir automaticamente para a nova administração milhões de seguidores das contas oficias do presidente cessante dos Estados Unidos Donald Trump e que a escolha irá pertencer aos utilizadores.
Esta decisão refere-se aos seguidores de contas que são geridas pelo Governo norte-americano, como a conta da Casa Branca, '@WhiteHouse', ou a conta do presidente dos EUA '@POTUS', que serão transferidas quando o democrata recentemente eleito Joe Biden assumir a presidência em janeiro.
No entanto, esta decisão não afetará a conta pessoal de Donald Trump '@realDonaldTrump', que é frequentemente utilizada pelo republicano e que tem cerca de 88 milhões de seguidores, noticia a agência AFP.
Em comunicado, a rede social esclareceu que as contas oficiais do Governo "não reterão automaticamente os seus assinantes".
"O Twitter notificará os assinantes dessas contas sobre a mudança de contexto, bem como o facto de o conteúdo vir a ser arquivado, e permitirá que estes escolham seguir as novas contas da administração Biden", salientou.
"Por exemplo, as pessoas que seguem a conta '@WhiteHouse' serão notificadas de que a conta foi arquivada como '@WhiteHouse45' [número 45 referente ao 45.º presidente] e terão a opção de seguir a nova conta '@WhiteHouse'", acrescentou.
A rede social está a trabalhar nessa transição, numa plataforma que tem sido amplamente utilizada por Donald Trump.
Embora não sejam tão seguidas como a conta pessoal do presidente cessante, a conta '@POTUS' tem cerca de 33 milhões de seguidores e a '@WhiteHouse' 26 milhões.
A transferência anunciada irá ainda afetar contas institucionais como '@VP', '@FLOTUS', '@PressSec', '@Cabinet' e '@LaCasaBlanca', segundo revelou o Twitter.
Em novembro a rede social tinha realçado que qualquer tratamento especial recebido por Donald Trump naquela plataforma iria terminar com o final da sua presidência.
"A abordagem do Twitter para líderes mundiais, candidatos e funcionários é baseada na premissa de que as pessoas devem ser capazes de escolher ver o que seus líderes dizem num contexto claro", referiu a empresa que tem sede em San Francisco.
"Este quadro político aplica-se aos atuais líderes em todo o mundo, aos candidatos a cargos públicos mas não aos cidadãos sem este tipo de cargos", acrescentou.