"O muito obrigado a todos os voluntários, a todos os dirigentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social"
Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira agradeceu solidariedade em tempo e pandemia.
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, agradeceu hoje a todas as instituições de solidariedade social e a todos os voluntários o trabalho que têm realizado em prol dos mais carenciados e das muitas famílias madeirenses prejudicadas pela pandemia.
O gesto de reconhecimento foi manifestado durante a visita ao Banco Alimentar Contra a Fome (BA), na Madeira. “O muito obrigado a todos os voluntários, a todos os dirigentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que dão o seu melhor, que dão o seu precioso tempo para apoiar aqueles que mais necessitam”, vincou.
Perante a crise, que atinge as famílias e as empresas, José Manuel Rodrigues disse ser “necessário que estas instituições, como o Banco Alimentar Contra a Fome, sejam cada vez mais apoiadas”.
A instituição ajuda diretamente 48 instituições de solidariedade social na Madeira, “que estão junto das famílias e dos cidadãos diariamente a distribuir alimentos”, referiu.
O Presidente do parlamento madeirense elogiou ainda a capacidade de mobilização da sociedade madeirense “a favor dos mais carenciados e dos mais vulneráveis”.
“Apesar de não ter havido as campanhas de recolhas diretas de alimentos nos supermercados e hipermercados, a verdade é que por outros meios foi possível ter um aumento de 50% nos alimentos e nos donativos angariados. Isto diz muito da solidariedade do povo da Madeira e do Porto Santo, bem como das empresas, em tempo de dificuldades”, constatou José Manuel Rodrigues, junto do BA.
O trabalho do Banco Alimentar chega a cerca de 10 mil residentes na Madeira. O Presidente da Assembleia Legislativa teme um agravamento das dificuldades económicas e sociais no início do próximo ano, por isso disse ser “necessário que a nossa sociedade civil e que aqueles que podem doar alguma coisa do seu vencimento continuem a apoiar instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome e outras IPSS, que são a base do nosso tecido social”.
Para satisfazer as necessidades imediatas a Assembleia Legislativa da Madeira deu este ano um apoio financeiro 5 mil euros ao BA, num trabalho feito em articulação com a Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania. Com este dinheiro foram adquiridos 6.159 quilos de alimentos.
Banco Alimentar já recolheu 750 toneladas de alimentos este ano na Madeira
Por se tratar de “um cenário nunca antes experimentado” a presidente o Banco Alimentar Contra a Fome, na Madeira, não tem dúvidas que 2020 vai marcar para sempre a vida dos portugueses e das IPSS, por ter obrigado a que fossem dadas respostas mais rápidas e mais imediatas às situações de calamidade económica e social.
Fátima Aveiro salientou que “os empresários e os doadores de alimentos foram excecionais. Compreenderam as necessidades e apelos, quer da nossa parte, quer da parte das instituições das zonas onde elas atuam”.
Para fazer frente ao eventual agravamento da crise o Banco Alimentar Contra a Fome na Madeira prepara-se para, já no próximo mês, “procurar outras fontes de abastecimento para chegar a quem mais precisa”.
A luta contra o desperdício alimentar é uma das batalhas que a instituição quer travar também 2021, “porque infelizmente ainda se desperdiça muitos alimentos” e “a luta contra o desperdício alimentar começa nas nossas casas”, disse Fátima Aveiro.
Salientou, no entanto, que, apesar das dificuldades, o BA “conseguiu entregar mais 50% de alimentos, comparativamente ao ano passado. Aumentámos o número de instituições que apoiávamos de 42 para 48 instituições.” Entre Janeiro até a este mês, de Dezembro, o BA já distribuiu mais de 750 toneladas de alimentos. Através da Rede de Emergência Alimentar a Madeira recebeu 59 toneladas de alimentos.