Brasil mantém voos e diz controlar passageiros que chegam do Reino Unido
As autoridades sanitárias brasileiras começaram hoje a controlar os passageiros que chegam do Reino Unido devido à nova estirpe do coronavírus descoberta naquele país, mas informaram que não planeiam suspender os voos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil, todos os voos oriundos do Reino Unido passarão por uma avaliação de saúde antes que o desembarque seja permitido.
Da mesma forma, "será mantido contacto com todos os passageiros e tripulantes para acompanhamento das suas condições de saúde", a fim de, se necessário, "adotar medidas de prevenção e controlo da covid-19", diz uma nota divulgada pela Anvisa.
A agência brasileira lembrou no mesmo comunicado que, segundo decisão adotada na semana passada, a partir do próximo dia 30 todos os passageiros que chegam ao Brasil de outros países devem apresentar o teste RT-PCR com resultado negativo.
Apesar da situação no Reino Unido, o teste negativo para covid-19 só será exigido a partir do dia 30 de dezembro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não há evidências de que a nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido cause uma infeção mais grave ou afete a eficácia dos testes de diagnóstico e vacinas disponíveis, embora tenha admitido que parece ser uma mutação mais contagiosa.
Esta situação levou dezenas de países a suspender temporariamente as suas ligações aéreas com o Reino Unido, a fim de conter a propagação da nova estirpe do vírus.
Nas Américas, a medida já foi adotada pela Argentina, Chile, Colômbia, República Dominicana e Canadá, enquanto o Peru aderiu, mas foi ainda mais longe, pois decidiu estender a suspensão "preventiva" de voos oriundos de toda a Europa nas próximas duas semanas.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (187.291, em mais de 7,2 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.703.500 mortos resultantes de mais de 77,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.