PS defende que "é preciso atribuir apoios às empresas"
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista-Madeira (PS-M) defendeu, hoje, dia 22 de Dezembro, a "urgência" de atribuir de "apoios às empresas e à manutenção dos postos de trabalho".
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, os socialistas mostraram a sua apreensão em relação à situação que se vive no Reino Unido e que forçou o encerramento das ligações aéreas com este que é um dos principais mercados emissores de turistas para a Madeira.
Esta situação "acaba por ser uma machadada muito grande no sector do turismo, que, como sabemos, representa mais de um quarto de toda a actividade económica aqui na Região Autónoma da Madeira", afirmou o deputado Sérgio Gonçalves, dando conta das dificuldades por que estão a passar as unidades hoteleiras e muitas empresas que dependem do sector (tais como as empresas marítimo-turísticas, a agências de viagens, entre outras).
O parlamentar lembrou que, desde o início da pandemia, o PS tem vindo a defender medidas de apoio às empresas – algumas específicas para o sector do turismo – que, "de alguma forma, majorassem os apoios para quem depende desta actividade".
"Entendemos que, neste momento, mais do que nunca, é necessário de facto atribuir esses apoios às empresas, à manutenção de postos de trabalho, de forma a evitar uma escalada quer de falências, quer de desemprego".
De acordo com Sérgio Gonçalves, "o Governo Regional tem todos os meios para dar este apoio".
"O Executivo recorreu ao endividamento que pretendia, até em valor superior ao que inicialmente tinha sido reivindicado, teve as moratórias relativamente ao Plano de Ajustamento Económico e Financeiro e tem o maior orçamento de sempre aprovado (ao qual o PS não se opôs, precisamente por ter noção do momento complicado em que vivemos e por ser necessário dar todas as condições a quem governa para poder implementar as medidas mais corretas)", sustentou.
O deputado socialista lembrou ainda que os apoios que existem traduzem-se "essencialmente em recurso a crédito, que em muitos casos "obrigam a avales pessoais dos próprios empresários" que "optam até por não recorrer a essas linhas".
"A materialização a fundo perdido só se dá passado um ano e meio, sendo que, até lá, não sabemos se os negócios poderão sobreviver", remata.