Lusa cria Prémio Pedro Camacho para valorizar projectos inovadores
A Lusa vai criar o Prémio Pedro Camacho, de modo a preservar a memória do antigo diretor de Informação, para valorizar projetos inovadores, disse o presidente do Conselho de Administração da agência de notícias, Nicolau Santos.
"A intenção é de criarmos um prémio especificamente para premiar a área editorial de tudo o que tenha a ver com inovação e novos projetos que sejam apresentados que contribuam essencialmente não só para melhorar a agência do ponto de vista tecnológico, inovando, e para potenciar a marca Lusa através dessas inovações que venham a aparecer", disse o presidente.
Nicolau Santos adiantou que a Lusa tem "neste momento 20 projetos em andamento", sendo a maior parte deles com impacto a nível editorial.
"O Pedro Camacho era o grande motor disso. Para preservarmos a memória do Pedro, que foi diretor de Informação desta casa e que morreu demasiado novo", é criado este prémio, acrescentou, recordando que o jornalista nos últimos três anos colocou "um grande entusiasmo na missão do desenvolvimento de inovação e de novos projetos".
Após a definição do regulamento, o prémio será posto em prática no próximo ano.
Pedro Camacho, antigo diretor de Informação da Lusa e que estava à frente da Direção de Inovação e Novos Projetos, morreu em 05 de dezembro, aos 59 anos, vítima de covid-19, depois de várias semanas internado no Hospital de Cascais.
Relativamente ao contrato-programa com o Estado - que vai passar a ter uma duração de seis anos -, o presidente do Conselho de Administração disse que aguarda a aprovação pelas Finanças.
"Estamos à espera dessa aprovação, que depois será enviada para o Tribunal de Contas", acrescentou.
Na mensagem de Natal e Ano Novo, enviada por Nicolau Santos aos trabalhadores, o presidente da Lusa elenca a concretização de objetivos para o Plano de Atividades e Orçamento para o triénio 2021-2023, entre os quais a assinatura do contrato-programa, que além da indemnização compensatória de 12,8 milhões de euros, sem IVA, atribuída à Lusa nos últimos quatro anos, que "contemple igualmente a verba destinada a cobrir os encargos decorrentes da integração de 23 trabalhadores nos quadros da agência e a regularização dos processos de avaliação não efetuados entre 2011/19, cumprindo assim o serviço público em todos os vetores aí definidos".
A cobertura, "de forma irrepreensível", da presidência portuguesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2021 e para a qual a Lusa foi contratada pelo Estado português, bem como o desenvolvimento de "todos os esforços para conseguir contratos prestigiantes (como este) com entidades nacionais e internacionais", são ainda outros objetivos.
"Batalhar continuamente para aumentar a notoriedade nacional e internacional da marca Lusa, reafirmando o papel da agência como entidade vital e incontornável no panorama mediático português e na frente do combate à desinformação, dado fazer parte integral do seu DNA e da sua missão".
Outra prioridade defendida é o lançamento de "um grande debate interno sobre o teletrabalho e as consequências que daí decorrem para a qualidade da produção noticiosa" da Lusa, "procurando ao mesmo tempo encontrar soluções que permitam a utilização criativa das suas instalações", são outros das metas previstas.
Prevê também a continuação da aposta na modernização tecnológica da Lusa, "nomeadamente na área da Inteligência Artificial e na robotização da produção noticiosa". Esta modernização visa "tirar o melhor partido de projetos inovadores que estão em andamento e que deverão ser concretizados a curto prazo", continuando a procurar soluções inovadoras, em Portugal e no estrangeiro, para aumentar as receitas próprias da agência de notícias, apesar do ambiente "muito negativo em que vive a esmagadora maioria dos clientes".
A promoção de debates e conferências relacionados "com temas fraturantes do mundo moderno", o avançar para as negociações de um Acordo de Empresa (AE) "adequado aos novos desafios" que a Lusa enfrenta e a concretização do processo de avaliação de desempenho são outros dos objetivos.
A estes acresce ainda a manutenção da aposta "em caminhar para a Igualdade de Género na empresa, quer no plano das responsabilidades, quer ao nível salarial", bem como encontrar "novas ideias que permitam que a Lusa venha a ser reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal" e a continuação do investimento "na desmaterialização de todos os processos administrativos da agência".
O mandato de Nicolau Santos termina no final do ano.