Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores acusa autarquia de Machico de ignorar pedidos de reunião
O sindicato acusa ainda a autarquia de "teimosia" por "viabilizar um projecto insustentável e leviano para aquela corporação municipal"
O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) acusa a Câmara Municipal de Machico de não responder às suas solicitações de reunião.
"Estas solicitações inserem-se num quadro de elevada necessidade, quer pela urgência de medidas que salvaguardem os interesses dos bombeiros sapadores, quer pela teimosia da Câmara Municipal de Machico em viabilizar um projecto insustentável e leviano para aquela corporação municipal", explica através de um comunicado de imprensa.
Além disso, acrescenta que aquela câmara "define e executa alterações às condições sócio-profissionais dos seus funcionários sem consultar as instituições de representação colectiva", sendo, no seu entender, "um forte indicador da falta de cultura democrática e institucional".
"Depois de várias décadas de divisão entre funcionários municipais no exercício das mesmas funções, que felizmente chegou ao fim com a convergência das carreiras de bombeiros profissionais das autarquias locais, a aposta da Câmara Municipal de Machico é a de renovar as diferenças do passado, através da contratação de assistentes operacionais para a execução de tarefas de bombeiro, criando uma situação caricata e única no país", sustenta.
"Também único e caricato no país, para não dizer grave, é o facto dos actuais profissionais estarem a receber abaixo da percentagem anual definida por lei, publicada na recente alteração da carreira, sendo esta a única autarquia do país a fazê-lo, algo que pelos vistos não incomoda minimamente os responsáveis autárquicos", acrescenta.
Face à falta de resposta do Município de Machico para receber aquele sindicato, a fim de se poder chegar a um entendimento relativamente "às anomalias que decorrem naquele corpo de bombeiros, o SNBS, em estreita articulação com os seus associados, pondera encetar novas formas de luta e contestação, tendo como exigência a resolução dos problemas que assolam estes profissionais".