Madeira

Albuquerque aponta dedo a Lisboa e diz que Madeira é "resistência"

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O presidente do Governo Regional não poupou palavras para apontar o dedo ao PS, acusando o partido nacional de tentar "se manter a todo o custo no poder" como defende ter sido observado na última discussão do Orçamento de Estado. Miguel Albuquerque utilizou o Facebook para o 'desabafo', apontando que "o desgoverno nacional do Partido Socialista está hoje completamente subalternizado à agenda estapafúrdia dos comunistas e da esquerda radical, sem nenhum projecto credível para o futuro de Portugal". 

O chefe do executivo madeirense acusa o PS de tratar os madeirenses "com ressentimento" e como "portugueses de segunda". Miguel Albuquerque justifica as acusações pelo facto do Estado não ter assumido "qualquer das suas responsabilidades constitucionais mínimas, tal como no tempo da ditadura", em relação à Madeira.

"A solidariedade que o Estado Português andou a reclamar com insistência na União Europeia, não aplicou, nem vai aplicar, nesta parcela insular. Nem na Saúde. Nem na Economia. Nem em coisa nenhuma. Resta-nos a União Europeia e a sua efectiva solidariedade", escreve, acrescentando: "Esta Esquerda que nos desgoverna não se limita a este exercício de cinismo político. Tenta, desde a derrota nas eleições regionais, apesar da crise pandémica, em todas as circunstâncias, criar cada vez mais dificuldades a esta parcela autónoma do território nacional através de deliberadas acções e omissões que condicionam a nossa vivência colectiva".

"Escandalosa" é como Miguel Albuquerque qualifica a recusa do Governo da República no que respeita ao aval do Estado ao empréstimo de 458 milhões de euros "que a Região teve de contrair para continuar a apoiar os cidadãos mais vulneráveis, as famílias, as empresas e os gastos crescentes com a saúde face à crise pandémica". O presidente do Governo da Madeira afirma que este "é apenas mais um episódio triste da mediocridade vigente e um exemplo do tipo de gente a que estamos entregues", até porque o "aval não tinha implicações nenhumas em termos de encargos para o Estado e pouparia muitos milhões de euros à Região em pagamento de juros".

Miguel Albuquerque escreve ainda sobre o que considera "outra cena patética", como "a inexplicável  tentativa de bloquear a prorrogação dos benefícios do Centro Internacional de Negócios até 2023, pondo em causa 1600 mil empresas, 6000 empregos e mais de 120 milhões de Euros de receita fiscal por ano para a Região. Um bloqueio antipatriótico e surreal em todos os seus contornos". 

Perante tais atitudes, o governante só vê "discriminação e prepotência", sublinhando que para tal só "resta a resistência". Por isso, termina em jeito de palavra de ordem: "E, nós, como sempre, vamos resistir".

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