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Eduardo Lourenço morreu aos 97 anos 
Eduardo Lourenço morreu aos 97 anos , Lusa

A missa de corpo presente do ensaísta Eduardo Lourenço, que morreu na terça-feira, aos 97 anos, realiza-se no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a partir das 12:00 de hoje, dia de luto nacional, decretado pelo Governo.

A cerimónia será celebrada pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e pelo cardeal e bibliotecário da Santa Sé, Tolentino Mendonça.

De acordo com os serviços funerários, o corpo de Eduardo Lourenço estará em câmara ardente, na nave central da igreja do Mosteiro dos Jerónimos, a partir das 11:00.

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço, conselheiro de Estado, foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, no distrito da Guarda, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, e lecionou nas principais universidades europeias e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence.

Autor de mais de 40 títulos, marcados por "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares, tem em "Heterodoxias”, “Labirinto da Saudade", "Os Militares e o Poder", "Tempo e Poesia" e "Fernando, Rei da Nossa Baviera", alguns dos seus mais importantes livros.

Os ministros da Saúde dos países da União Europeia reúnem-se, por videoconferência, para debaterem a situação atual da pandemia de covid-19 na Europa e as recentes propostas da Comissão Europeia sobre a estratégia farmacêutica da UE.

A estratégia pretende definir ações concretas para assegurar a acessibilidade e a disponibilidade de medicamentos, apoiar a diversificação das cadeias de fornecimento e promover fármacos que sejam ambientalmente sustentáveis”.

Na reunião, presidida pelo ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, Portugal estará representado pela ministra Marta Temido e irá apresentar as prioridades da sua próxima presidência semestral do Conselho Europeu, que terá início em janeiro de 2021.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A adaptação televisiva da “Crónica dos Bons Malandros”, livro de Mário Zambujal editado há 40 anos e que há 36 chegou ao cinema pela mão de Fernando Lopes, tem estreia marcada para hoje à noite, na RTP1.

A 'nova' “Crónica dos Bons Malandros” tem oito episódios, conta com realização de Jorge Paixão da Costa, e retoma a história original de preparação do roubo de uma coleção de joias da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Para interpretar o bando, a série de ficção conta com as interpretações de Maria João Bastos, Adriano Carvalho, Marco Delgado, Rui Unas, José Raposo, Joana Pais de Brito e Manuel Marques.

O argumento da série de comédia é de Mário Botequilha e do próprio Mário Zambujal que, na obra, dedica cada capítulo a um dos elementos da quadrilha, liderada pela personagem Renato, o Pacífico.

O Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, recebe criações de três artistas e investigadoras, Dária Salgado, Susana Chiocca e Cristiana Nogueira, que atravessam as fronteiras entre as artes, no ciclo Transmedia, a decorrer até dia 15.

O ciclo começa hoje com "Expurgar: Derivações Sónicas e Espaciais", de Dária Salgado, um projeto constituído sobre um universo sonoro criado em tempo real, seguindo-se, no sábado, "Bitcho", de Susana Chiocca, que trabalha a palavra, a partir de textos de Alberto Caeiro, Hugo Ball, Regina Guimarães e Tobias Hering, entre outros autores.

O ciclo encerra com "Crueza ou Inventário de um Erotismo Coletivo", de Cristiana Nogueira, uma criação que questiona formas da violência contida nos corpos".

ECONOMIA

A Web Summit Lisboa, cuja edição deste ano será totalmente 'online' devido à pandemia de covid-19, começa hoje.

O cofundador e presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, considerou esta semana, em entrevista à Lusa, que a pandemia de covid-19 tem sido "uma oportunidade" para os media tradicionais reforçarem "o importante papel que desempenham".

Naquela que é considerada a maior cimeira de tecnologias a nível mundial, estão inscritos "mais de 2.500 jornalistas", disse o responsável.

A cimeira tecnológica decorre até 04 de dezembro.

INTERNACIONAL

A segunda conferência de doadores para o Líbano em quatro meses está marcada para hoje e será presidida pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, decorrendo de forma virtual devido à pandemia da covid-19.

Foram convidados os participantes da primeira reunião, realizada logo após a explosão ocorrida a 04 de agosto no porto de Beirute, que destruiu partes da capital libanesa, provocando mais de 200 mortos e seis mil feridos, e juntou representantes de mais de 30 países e de instituições como o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional.

Nesta primeira conferência, os doadores comprometeram-se a mobilizar mais de 252 milhões de euros em ajuda urgente.

O Líbano está mergulhado há mais de um ano numa profunda crise económica, social e política e encontra-se há mais de três meses sem governo, o que continua a impedir o lançamento das reformas estruturais essenciais para alterar a situação.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

O parlamento moçambicano começa a discutir o Plano e Orçamento do Estado (OE) para 2021, cuja proposta do Governo prevê um crescimento económico de 2,1%, ainda condicionado pela covid-19 e pelo conflito armado em Cabo Delgado.

A proposta de OE para 2021 prevê "uma recuperação lenta, devido às incertezas quanto ao período de propagação da pandemia e à insegurança que se regista nalgumas zonas da província de Cabo Delgado [norte de Moçambique] e no centro do país", lê-se no documento.

O OE para 2021 prevê que a inflação suba um ponto percentual, dos 4% previstos para este ano para 5%, antevê uma subida de 2,5% do valor das exportações para 3.768 milhões de dólares (3.148 milhões de euros) e uma dilatação da cobertura de importações pelas reservas internacionais líquidas para quase sete meses.

A proposta prevê receitas de 265.596 milhões de meticais (2.988 milhões de euros), equivalente a 23,4% do PIB e despesas de 368.595 milhões de meticais (4.147 milhões de euros), 32,5% do PIB.

O défice orçamental previsto é de 102.999 milhões de meticais (1.158 milhões de euros), equivalente a 9,1% do PIB - sendo o défice orçamental após donativos de 23.936 milhões de meticais (269 milhões de euros), o equivalente a 2,1% do PIB - e um saldo primário de 11.178 milhões de meticais (125 milhões de euros), 1% do PIB.

PAÍS

A ministra que tutela as autarquias, Alexandra Leitão, inicia uma ronda de reuniões com as 21 Comunidades Intermunicipais (CIM) e as duas Áreas Metropolitanas (AM) para fazer um levantamento das necessidades das autarquias no combate à pandemia.

Segundo a tutela, estas reuniões, que decorrem por videoconferência até 18 de dezembro e se iniciam com a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, visam fazer um balanço das medidas legislativas aprovadas “com o objetivo de apoiar as autarquias locais e de agilizar as respostas ao nível local”.

Além da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, participa nos encontros o secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho.

Na semana passada, a Associação Nacional de Municípios Portugueses afirmou que estas autarquias estão preocupadas com o “choque” que a pandemia pode causar nas suas contas e pediu “mecanismos” para evitar que tal aconteça.

O Tribunal Judicial de Leiria começa a julgar três arguidos, com idades entre 32 e 51 anos, acusados, em coautoria, do crime de branqueamento de capitais na sequência de um esquema que lesou dezenas de pessoas.

Um dos arguidos, empresário residente em Leiria, responde ainda pelos crimes de burla qualificada e crime de atividade ilícita de receção de depósitos e outros fundos reembolsáveis.

Segundo o despacho de acusação, este arguido elaborou um esquema fraudulento, de estrutura piramidal, para captar e apropriar-se de fundos alheios.

O esquema “passava por desenvolver um serviço para oferecer a terceiros a aplicação de fundos financeiros em mercados de investimento de confiança sob a promessa de pagamento de elevados retornos”, refere o documento, sustentando que, dada a quantidade de clientes que se propunha angariar, o empresário apercebeu-se de que o dinheiro que viesse a conseguir de uns poderia ser utilizado para pagamentos dos juros prometidos a outros.

De acordo com o Ministério Público, atendendo apenas aos ofendidos identificados no processo, o empresário apropriou-se de 664.384,20 euros, dos quais 68.616,46 euros foram usados para pagar o retorno prometido aos investidores.

O julgamento tem início marcado para as 09:30, no Auditório Municipal da Batalha.

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