Presidente eleito Biden pede "plano robusto" para recuperar economia norte-americana
O presidente eleito norte-americano, Joe Biden, pediu hoje, ao Congresso, que aprove imediatamente um "plano robusto" de recuperação da economia pós-covid-19, afirmando aos cidadãos que "a ajuda está a caminho".
Biden, que falava em Wilmington, no estado do Delaware, na apresentação da sua equipa económica, declarou que o seu objetivo será "conseguir uma recuperação económica para toda a gente".
Reconheceu que qualquer pacote de apoio financeiro aprovado durante a fase de transição da administração Trump, até à sua tomada de posse, será, "na melhor das hipóteses, apenas um começo".
A sua equipa, liderada por Janet Yellen, indigitada para o cargo de secretária de Estado do Tesouro, terá um "papel central" no seu mandato para relançar a economia do país, disse Biden.
Janet Yellen classificou de "tragédia americana" a situação provocada pela pandemia nos Estados Unidos, reconhecendo que "há muitas pessoas que não conseguem pôr comida na mesa e pagar as suas contas e rendas de casa".
"É urgente agir para evitar que a recessão saia reforçada e provoque ainda mais devastação", alertou, recordando as "vidas e empregos perdidos" no país, onde desde março morreram 268.000 pessoas com covid-19.
Considerada por Biden como "uma das mais importantes pensadoras económicas", Yellen terá ainda de ser confirmada no cargo pelo Senado, controlado pelo Partido Republicano.
Um grupo de representantes democratas e republicanos propôs hoje um plano de recuperação de 908 mil milhões de dólares (cerca de 758 mil milhões de euros) para a economia norte-americana.
A proposta ultrapassa os 500 mil milhões (417 mil milhões de euros) que os republicanos estavam dispostos a apoiar até agora, mas menos do que os dois biliões (cerca de 1,67 milhões de milhões de euros) que os democratas pretendiam.