Caridade com dinheiro alheio

Com informação da secretária regional com a tutela do Instituto de Segurança Social da Madeira (ISSM), o DN na sua edição de 25Nov analisou o layoff na Madeira até ao final de outubro, nomeadamente o seu custo de 35 milhões com uma média mensal de 12,5 mil beneficiários (10% do emprego).

Embora processado pelo ISSM, este foi um apoio de custo zero para a Região, pois foi totalmente suportado pelo Instituto de Segurança Social nacional que no seu relatório de outubro contabilizou uma despesa extra de 1.623,3 ME no âmbito das medidas para o COVID.

Contudo, mais uma vez, a senhora Secretária não teve pejo em reclamar os louros: “É claro que os apoios do Governo Regional às famílias no contexto da pandemia não se esgotam no layoff”. E deu como exemplo o FEAS e o FAROL que são tão só custos de patrocínio político às casas do povo com valores que nem pagam o insistente e impertinente esventramento das Ginjas.

Menos presunçoso, o Vice tem alimentado que a Segurança Social é paga pela contribuição de todos incluindo os madeirenses. Meia verdade, total falsidade.

Meia verdade, pois o “Sistema previdencial” é pago por todos mas o Estado suporta o “Sistema de proteção social de cidadania” (com os subsistemas de ação social, de solidariedade e de proteção familiar) com custos superiores a 8 mil milhões de euros pelo que, numa regra de três simples, a ajuda aos Madeirenses excederá os 200 milhões.

Total falsidade, pois, como agora foi reafirmado, “será o Orçamento de Estado a financiar as medidas extraordinárias para combater os efeitos da covid-19”.

Este é um entre muitos outros vultuosos contributos do Estado que fazem duplicar as receitas dos nossos impostos (ver minha C. do Leitor de 2/06/20).

Com mais autoridade, o deputado Carlos Pereira vem referindo os mais de mil milhões de benefícios decorrentes do O.E.2021. Um valor tão despiciendo para certas cabeças como a do opinador da série “O bom, o mau e o estúpido” que o comparou a um milhão.

Perante isto, Albuquerque queixa-se que “Estamos sozinhos e a fazer um esforço titânico” sem apoio do Estado (DN-26/11). É questão para pôr: Sai umas Ginjas?

Mais radical, temos a opinião do Dr. Miguel de Sousa (DN-25/11): “Devo confessar ter ficado bem impressionado com a atitude do deputado Lopes da Fonseca naquilo que é termos de enfrentar a realidade de podermos ter de cortar com Lisboa. Muito bem !”

Oh Drs, atreeev a m - s e !

Óscar Teixeira

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