Calendarização não evita filas para teste à covid-19
O SESARAM marca dia e hora, mas pessoas concentram-se na mesma. Rafaela Fernandes garante que a situação não é de risco
As filas para a realização de testes à covid-19 no Hospital Dr. Nélio Mendonça concentravam esta manhã mais de 40 pessoas, pelo menos na altura em que a fotografia foi tirada, uma situação que não deveria acontecer, na medida em que o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) agenda com indicação da hora e de quando devem comparecer para a realização dos segundos testes, por forma a evitar precisamente a concentração no local.
Rafaela Fernandes destaca que além de calendarizar os testes de acordo com o tempo estimado de realização e as cinco unidades em funcionamento, têm um segurança no sentido de garantir que é respeitado pelo menos um metro de distanciamento na fila. No local funcionam cinco pontos, montados para realizar os segundos testes à covid-19 e também os outros da actividade normal no âmbito do combate à doença.
“É verdade que há amontado, mas há distanciamento. Temos um segurança permanentemente a fazer a separação”, informou a presidente do Conselho de Administração do SESARAM.
Rafaela Fernandes explica que o serviço pede sempre em relação aos segundos testes que as pessoas não falhem as marcações e que há uma calendarização precisamente para evitar os ajuntamentos. Cada teste com zaragatoa leva dois a três minutos e tendo em conta essa realidade e os cinco pontos de colheita, é feita a programação por forma a ninguém estar lá mais do que o tempo necessário.
O que acontece, explicou, “é que a mãe tem que ir fazer com a tia e a avó e a neta e não sei quantas pessoas. Vai tudo junto. Eles esquecem-se é que o ‘delay’ do primeiro para o segundo pode ser um quarto de hora e não devem estar todos juntos. Depois, além disto, há os amigos que vão acompanhar os outros por solidariedade.”
Nesta fase o SESARAM não tem impedido que as pessoas levem acompanhante para ir fazer a zaragatoa, embora tenha estado a equacionar a medida, adiantou a presidente.
“Quem observa à distância parece que estão amontoados, mas eles estão como soldados, com a distância de um metro.” Rafaela Fernandes recorda ainda que as pessoas estão com máscara. “É um espaço amplo e ao ar livre, não é uma situação de risco, isso é o que interessa”, sublinhou.
A presidente do SESARAM lamenta que as pessoas vão de monte ao hospital. “As pessoas têm de ter a consciência que não têm de ir acompanhadas para fazer esta tarefa”, embora compreenda que no caso dos mais idosos e das crianças/adolescentes seja necessário.
De referir que duas horas depois, por volta das 11h45, como retrata a segunda imagem, a situação estava diferente.