Carlos Pereira acusa PSD de não ter um "plano alternativo para a TAP”
O vice-presidente da bancada socialista na Assembleia da República acusou o PSD de “ter medo” de tentar dizer aos portugueses o que verdadeiramente quer fazer com a TAP e diz que a ideia que fica é que “o PSD quer fechar a TAP ignorando o seu papel na continuidade territorial, juntos das comunidades ou o seu impacto na economia, seja no emprego seja na criação de riqueza, matéria que os senhores desvalorizam sistematicamente”.
Na sequência da declaração política sobre a TAP, na Assembleia da República, o PSD acusou o governo de não dar garantias de que o Plano de Reestruturação da TAP possa ser bem-sucedido. Além disso, acusou o governo de ter feito a recompra da companhia depois da privatização, mas a situação não melhorou.
Carlos Pereira acabou por intervir em nome do PS para acusar o PSD de “estar há semanas a criticar sem apresentar soluções”.
“Sejamos francos, os senhores não têm nenhum plano alternativo para a TAP e limitam-se a discutir o plano do PS”, apontou o socialista madeirense, recordando quem meteu o Sr Neelman na TAP, o accionista privado que o PSD acusou de ter recebido 50 milhões do governo sem comtrapartida, “foi o PSD e o CDS”.
Carlos Pereira referiu ainda que o governo socialista “transformou uma factura que seria de 300 milhões ( 224 milhões de suprimentos e 90 milhões de obrigações ) em 50 milhões” e não esquece que foi o PSD/CDS quem privatizou a TAP “sem os cuidados devidos com o interesse público” .
“O que os cidadãos querem saber é o que faria o PSD sobre a TAP, como manter a empresa, o que cortar ou que dinheiro devia ser injetado na empresa”, questionou ainda o deputado madeirense, frisando que não se deve “transformar o debate da TAP na loja dos 300 como fez recentemente o deputado Rui Rio”.