Fretes
O homicídio de Ihor Homenyuk por 3 inspetores do SEF ocorrido há 9 meses está a ser o leitmotiv para o Presidente da República (PR) fazer mais um frete ao Primeiro Ministro (PM) ao procurar desviar dele, que como se sabe faz todos os possíveis por passar despercebido como se nada fosse com ele quando algo negativo acontece com a governação, o foco da responsabilidades política do caso, apontando como bode expiatório o Ministro da Administração Interna (MAI) que se calhar foi único que fez o que devia. Segundo uma das últimas sondagens há entre a maioria de portugueses que apoia a reeleição do PR a perceção na minha opinião anti-constitucional e altamente perniciosa para a nossa democracia, que lhes foi incutida pelo modus-operandi do PR durante o atual mandato ao arrogar-se competências exclusivas do Governo como se a sua função fosse remediar as “asneiras” do Governo, ainda que isso tenha dado jeito a ele e ao PM um porque gosta da ribalta televisiva que lhe permitiu estar sempre em campanha eleitoral, o outro para conseguir aquilo que os seus admiradores tanto exaltam a “habilidade” de passar despercebido quando as coisas correm mal. Parece que os atuais candidatos às próximas eleições presidenciais estão também “contagiados” com o mesmo “vírus”. Se é para ser assim altere-se a Constituição e acabe-se com o semi-presidencialismo, com o PR a assumir por inteiro as responsabilidades da governação do País. Enquanto tal não suceder o PR deve deixar-se de iludir os portugueses e imiscuir-se na esfera exclusiva do Governo, muito menos fazendo fretes ao PM com elogios públicos e críticas em privado. A atual chinfrinada protagonizada com extinção/fusão do SEF só serve para nos fazer esquecer que em todas as forças de segurança há alguns elementos indignos da nobre missão que lhes foi confiada, que apenas se servem das Instituições para manter a impunidade dos seus atos sádicos de violência e brutalidade. Há que expulsá-los e a todos os que lhes dão cobertura.
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