A nova festa
Boa noite!
Todos os alertas e conselhos partilhados de forma séria e responsável em tempo de luta contra a pandemia devem merecer todo o respeito e consideração. E ridicularizá-los, a par do perigoso negacionismo, devia ser considerado crime.
Nunca foi tão fácil enxovalhar quem se atreve a ter opinião própria sobre os contornos do novo coronavírus e suas implicações no modo de vida individual e colectivo, mas nesta última hora de mais um dia em que ficamos a saber que há 321 casos activos na Região - e em que mesmo não havendo transmissão comunitária declarada, apesar de tamanha probabilidade ser elevada - importa valorizar quem recomenda prudência nos gestos e observância severa pelas regras básicas, destinadas a evitar males maiores.
Enaltecemos a coragem de quem trata da saúde de todos, na linha da frente, nos bastidores, nos média, na cidadania activa, na fiscalização, no planeamento, mas também convém agradecer aos que pela determinação vão dando bom exemplo para que tudo corra pelo melhor e esteja aparentemente sob controlo, identificado ou em estudo permanente.
Que o Natal não seja por isso motivo para estregar o esforço feito em nove meses, por muito intrusivas que sejam as dicas das autoridades de saúde, por muito duras que sejam as privações, por muito que seja evidente o desespero, a falta de afectos e algum desnorte. Este ano, se formos exemplarmente cumpridores estaremos realmente em festa. Tudo o resto atentará contra o esplendor da quadra, por muito que nos custe.