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Movimento Ao Socialismo recorre ao Supremo para restabelecer equilíbrio no parlamento venezuelano

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O partido Movimento Ao Socialismo (MAS) anunciou ter recorrido ao Supremo Tribunal da Venezuela (STJ) para que "restabeleça o equilibro" perante a proclamação irregular de deputados eleitos nas legislativas de 06 de dezembro.

"Só foram proclamados parlamentares, de maneira irregular, atribuindo um maior número aos do Governo e menos à oposição do que lhe corresponde", afirmou o secretário-geral do MAS, Felipe Mujica, na segunda-feira aos jornalistas.

Para Mujica, se não for restabelecido o equilíbrio "será a repetição da experiência falida, como foi a Constituinte, que serviu ao Governo para resolver os problemas que lhe interessavam".

Por outro lado, nas mesas de diálogo entre o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e da oposição, o "MAS assumiu a bandeira da proporcionalidade como ponto central da reclamação" em relação às legislativas, sublinhou.

"O país vinha de duas experiências [parlamentares], uma em 2010 e outra em 2015, em que uma minoria de parlamentares, estava sobre representada na Assembleia [Nacional], ao ter uma maior quantidade de deputados", acrescentou, do que o resultado expresso nas urnas.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Conselho Eleitoral venezuelano, o Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder) conseguiu 253 (91,34%) dos 277 assentos do parlamento.

Em segundo lugar, ficou a Ação Democrática, com 11 deputados eleitos, seguido pela Avançada Progressista e El Câmbio, com três cada um. O novo parlamento vai integrar ainda os partidos Primeiro Justiça, Copei e o Partido Comunista da Venezuela, com um deputado eleito para cada.

O Mas, com 77.311 votos (1,24%), não elegeu nenhum deputado.

Desde junho, o STJ da Venezuela suspendeu a direção dos partidos opositores Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Tupamaro, bem como de vários partidos afetos ao regime, entre eles Pátria para Todos, e ordenou que fossem reestruturados, nomeando direções provisórias para esses partidos.

Os partidos alvo da decisão do STJ apareceram no boletim eleitoral e os novos dirigentes afirmaram responder aos militantes que queriam votar, e que continuam a ser oposição

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