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E agora? Que levamos de 2020?

Estamos na recta final de 2020, que ano!Descobrimos que apesar de estarmos no topo da cadeira alimentar e “dominarmos” um planeta em constante evolução tecnológica, o domínio real é da Mãe Natureza. Um microorganismo invisível tudo mudou, tudo condicionou e milhares pereceram devido à sua existência.

O que podemos levar deste ano? Poucos aspetos positivos, é certo. Um aspecto marcante é que temos que desacelerar e voltar a repensar as nossas vidas. Recordam-se por certo da frase: “parece que antigamente havia mais tempo”. Com a pandemia do novo coronavírus, aprendemos a ter um olhar mais generoso em relação ao outro e em relação a nós próprios.

Este ano foi muito atípico. Muitos de nós tivemos de nos ausentar das nossas casas, tivemos de nos reinventar, assumir uma nova versão digital, e modificarmo-nos em termos profissionais, pessoais e comportamentais.

Somos por natureza um povo “quente” e emocional, não poderíamos imaginar que teríamos de encontrar uma nova forma de partilhar as nossas emoções, o nosso carinho e afecto.

Estamos numa fase em que nos apercebemos que temos que reduzir e repensar o nosso ritmo e modo de consumo. Lembro-me facilmente da primeira notícia positiva desta pandemia. No período de “Lockdown” mundial, houve uma redução dos índices de poluição, quer nos mares, no ar, na terra e nos rios. Esta mudança até produziu efeito sobre o “buraco de ozono”. O planeta Terra agradeceu e mostrou que a questão climática é bem real e necessária. Um outro aspecto positivo foi observar a mudança em termos de publicidade, com mensagens de solidariedade, de ânimo, de conforto e positivas por parte de empresas que antes focavam apenas o aspecto material e estimulo ao consumo.

O “realizamos”, o “nós”, o “todos juntos conseguimos”, passaram a fazer parte da nosso dia a dia quer televisivo, quer digital.

Uma mudança no nosso paradigma diário foi encontrar tempo para nos conectarmos com pessoas que há algum tempo não víamos ou falávamos.

Conseguimos realizar uma premissa há muito veiculada “unir as pessoas através da tecnologia”.

Em género de despedida, realço a verdadeira importância de saber comunicar. Com a devida tolerância e respeito o caminho torna-se simples. Termino desejando que neste próximo ano, haja uma consciencialização global de todas as esferas da sociedade de modo a que, com os apoios existentes, reservemos um menor espaço para a angústia, a ansiedade, o medo e as incertezas, e que as palavras de ordem passem a ser: unir, acreditar, lutar, fé e serenidade.

A todos um Santo e Feliz Natal

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