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China confirma detenção de assistente da agência de notícias Bloomberg

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A China confirmou hoje que uma assistente da agência de notícias Bloomberg foi detida, por suspeita de "pôr em perigo a segurança nacional", numa altura de crescente pressão sob os órgãos estrangeiros no país.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin disse que o caso de Haze Fan está atualmente sob investigação e que os seus "direitos e interesses legítimos estão totalmente garantidos".

A agência revelou na semana passada que Fan está incontactável desde 07 de dezembro e que só foi informada da sua detenção depois de ter perguntando por várias vezes aos departamentos do Governo em Pequim e à embaixada chinesa em Washington.

A União Europeia e a Clube de Correspondentes em Pequim emitiram declarações a expressar preocupação com a detenção de Fan.

Wang disse que a UE deve "respeitar a soberania judicial da China e parar de fazer comentários irresponsáveis".

A China só permite que os cidadãos chineses trabalhem como tradutores, pesquisadores e assistentes para organizações de notícias estrangeiras, e não como jornalistas registados, com o direito de realizarem reportagens de forma independente.

Os meios de comunicação chineses são quase inteiramente estatais e rigidamente controlados, e a China é dos países que mais jornalistas prende.

"Pelo que sei, Fan é uma nacional chinesa suspeita de se envolver em atividades criminosas que colocaram em risco a segurança nacional da China", disse Wang, em conferência de imprensa.

"O caso está atualmente sob investigação de acordo com a lei", acrescentou.

Fan começou a trabalhar para a Bloomberg em 2017, após passar por uma série de outras organizações estrangeiras na China.

A China deteve assistentes de notícias no passado por reportagens suscetíveis de danificar a imagem do Partido Comunista.

As autoridades também têm punido a imprensa estrangeira de forma mais geral, limitando as suas operações, ao expulsar jornalistas, ou emitindo apenas vistos de curto prazo.

A China expulsou este ano 17 jornalistas do The Washington Post, The Wall Street Journal e outros órgãos norte-americanos.

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