Brasil regista 686 mortos num dia e ultrapassa os 81 mil óbitos
O Brasil registou 686 mortos nas últimas 24 horas e superou os 181.000 óbitos devido à covid-19, informou o Ministério da Saúde hoje, dia em que passam nove meses desde o registo da primeira morte.
O total de mortes atribuídas à doença ascende atualmente a 181.123, de acordo com os números inscritos no sítio ´online´ do Ministério da Saúde, segundo os quais foram registados, no mesmo período, 43.900 novos contágios, elevando os casos confirmados a hoje para 6.880.127.
Por outro lado, são registadas 5.969.706 pessoas já recuperadas do coronavírus, enquanto 729.298 continuam sob vigilância médica.
O Brasil, que registou a primeira morte devido a covid-19 a 12 de março, é atualmente um dos países mais flagelados pela pandemia, ao lado dos Estados Unidos e da Índia.
Dez meses depois da entrada da pandemia no país, o número de casos e mortos voltou a acelerar em todas as regiões, confirmando as piores projeções das autoridades.
Pese embora esta situação gravosa, 22% dos brasileiros não pretende vacinar-se, 73% quer participar na campanha de vacinação e 5% disse ainda não saber, segundo um inquérito hoje divulgado pelo Instituto Datafolha.
Pressionado por diversos setores, o Governo brasileiro entregou hoje ao Tribunal Supremo o seu plano nacional de imunização contra o covid-19, mas não dispõe de uma data para o iniciar porque a futura vacina ainda terá de ser aprovada pelas autoridades sanitárias.
O plano prevê quatro fases de vacinação, e começará pelos profissionais de saúde, idosos a partir dos 75 anos, e os de 60 ou mais anos que vivam em instituições psiquiátricas, bem como os povos indígenas, segundo o documento.
O plano hoje apresentado cita 13 potenciais vacinas na fase final de ensaios clínicos, entre elas as fórmulas desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, a britânica Astrazeneca e a norte-americana Pfizer.
Indica ainda que pretende aplicar nestas quatro primeiras etapas, 108,3 milhões de doses a 51 milhões de pessoas, menos de um quarto da população brasileira, de 212 milhões de pessoas, e cerca da metade para travar o avanço do vírus.
Numa fase seguinte as pessoas com idades entre os 60 e os 74 anos, e os portadores de doenças crónicas, e depois professores, forças de segurança e salvamento e trabalhadores das prisões.
O Ministério da Saúde do Brasil diz ainda ter garantido a aquisição de 300 milhões de doses de vacinas, das quais, 70 milhões são desenvolvidas pela Pfizer e a BioNTech, embora a compra ainda não tenha sido formalizada.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.595.276 mortos resultantes de mais de 71 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.461 pessoas dos 344.700 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.