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Liberais alertam contra extremismos e recusam trocar princípios por lógicas eleitorais

João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, fez declarações no final da V Convenção do partido

Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Foto MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O líder da Iniciativa Liberal (IL) alertou ontem contra o aparecimento dos extremismos em Portugal, o que "não é mau, é péssimo", e avisou que o partido não troca o princípio contra discriminações por lógicas eleitorais.

No encerramento, via videoconferência, da V convenção dos liberais, que decorreu em modo digital, João Cotrim Figueiredo recusou "ceder" a fenómenos associados a esse extremismo surgido nos últimos tempos na vida política e que "contribuem para uma estratégia do PS que visa eternizar-se no poder como se não houvesse alternativa"

E, sem nunca mencionar diretamente o Chega, o partido populista e de extrema-direita que elegeu um deputado, Cotrim Figueiredo afirmou ainda que a IL "não ajudará que eleitores sejam olhados como deploráveis", numa referência à forma como eram tratados, nos Estados Unidos, os eleitores de Donald Trump pela candidata derrotada nas presidenciais de 2016, a democrata Hillary Clinton.

No seu discurso, de menos de 20 minutos, o líder e deputado da IL reafirmou a "posição de princípio" de "total repúdio de todas as formas de discriminação que ferem a essência da crença liberal na individualidade e dignidade de cada ser humano", baseadas "na raça, no sexo, na etnia ou na religião".

"Esta posição de princípio não é negociável em qualquer contexto pré ou pós-eleitoral", afirmou.

Os últimos anos e eleições, disse, resultaram em "mudanças no xadrez político", em que o "voto útil é mais inútil, o que é bom e clarifica a escolha das pessoas", mas também "deu lugar a extremismos, o que não é mau, é péssimo".

A Iniciativa Liberal elegeu pela primeira vez um deputado à Assembleia da República nas legislativas de 2019.

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