Madeira

Vigilantes da natureza da Madeira contra proposta sobre a carreira

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Os vigilantes da natureza da Madeira garantiram hoje que vão "fazer os possíveis" para que a proposta de carreira não seja aprovada na Assembleia Legislativa, considerando que o diploma não resolve a situação "precária" em que trabalham.

O corpo de guardas florestais, que desenvolve uma missão na proteção da natureza e da biodiversidade na região, reuniu-se hoje para discutir a aprovação da proposta de carreira, numa primeira instância, pelo Governo Regional.

Nelson Pereira, da delegação regional do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) defende que o diploma não valoriza o trabalho realizado diariamente pelos profissionais da área, que aguardam que o diploma seja alterado na transição para a Assembleia Legislativa.

"Na comunicação que a secretaria [do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas] faz para os 'media' parece que está tudo bem, que temos todos os meios, viaturas, entre outras coisas, o que não corresponde à verdade", explicou, ao enumerar as promessas feitas para melhorar as condições da carreira dos vigilantes da natureza da Madeira, que surgiu oficialmente em 1982, juntamente com a criação do Parque Natural da Madeira.

Caso a decisão se mantenha, o corpo de guardas florestais vai apelar à "sensibilidade" dos partidos e não retira a hipótese de uma concentração diante da Assembleia Legislativa, no Funchal, para "pressionar" as estruturas governamentais, explicou o sindicalista.

As reclamações dos mais de 30 vigilantes da natureza da Região Autónoma da Madeira prendem-se com as condições precárias em que trabalham, "as mesmas de há 20 anos", que "contrariam" o que vem sendo "demonstrado" pelo Governo Regional, de acordo com Nelson Pereira.

A secretária do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, Susana Prada, presenteou, na quinta-feira, as equipas de vigilantes que vão passar o Natal nas reservas naturais com um cabaz, como forma de "reconhecimento" pelo seu trabalho.

Os profissionais receberam-no de "bom agrado", mas defendem que não é com "queijos e chouriços" que vão resolver o que está em falta, respondeu Nelson Pereira.

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