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Cortes de 25% nos salários da TAP deixam de fora remunerações até 900 euros

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Os trabalhadores da TAP terão reduções salariais de 25%, no âmbito do plano de reestruturação, ficando isentas de corte as remunerações base até 900 euros, informou hoje o Conselho de Administração, numa carta a que a Lusa teve acesso.

"Todos sabem da necessidade de adequar os salários à realidade atual, o que implica reduções salariais de 25%", lê-se na carta enviada hoje aos trabalhadores, último dia do prazo para o Governo entregar o plano de reestruturação à Comissão Europeia.

Contudo, "como sempre nos comprometemos a fazer, tentamos reduzir o impacto social desta medida e queremos informar que o montante mínimo (garantia mínima) acima do qual incidirá a redução salarial anunciada, será de 900 euros, considerando para o efeito o vencimento base", segundo o presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e o presidente da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira.

"Conforme sempre foi nosso compromisso, protegem-se as remunerações mais baixas", acrescenta.

A administração reconhece que se trata de "um plano muito duro e exigente, com as medidas laborais que já são do conhecimento de todos".

"Sabemos que têm muitas questões relacionadas com o detalhe e com o calendário da implementação das medidas apresentadas", prosseguem, garantindo que os detalhes serão comunicados assim que estejam definidos.

O prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à companhia aérea, termina hoje.

Segundo administração, "cumpre-se, assim, a primeira etapa de várias necessárias para assegurar a sobrevivência, a viabilidade e o futuro da TAP, garantindo simultaneamente o maior número possível de empregos", referindo que "foram meses de trabalho intenso, envolvendo as equipas", às quais agradecem "o esforço, a dedicação e o empenho".

Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, o Governo entrega hoje o plano de reestruturação exigido por Bruxelas, no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, aprovado pela Comissão Europeia, em 10 de junho.

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