O candidato que já o era
Até que enfim o homem veio proclamar a sua candidatura ao lugar que já ocupa faz tempo. Ninguém se surpreendeu nem deu hurra nem vivas à cristina, salvo se o dito que deu o dito, telefonou à rapariga do tal canal e boa perna, para lhe dizer que vai continuar a andar por aí, ou por Belém. Com algumas mentiras e até pequena hipocrisia, ele doutor sabidola, acabou por apresentar ali perto em “versailles”, debaixo dos toldos sem engraxador por perto, que seguirá a caminho de novo mandato, se o povo não lhe faltar com o voto quase garantido. Mas na apresentação ao público e ao país, o homem disse umas barbaridades. Entre elas, disse que se candidata para enfrentar aquilo que há muito está instalado no seu Portugal de mendigos, de sem-abrigos, de esfomeados, de mal pensionados, de mal alojados, de desempregados acumulados, mas sujeitos a uma crise que dura há séculos e que isso tudo junto é demais para desertar agora por uma questão de comodismo ou familiar. Ora todos sabemos, que todos estes casos já estão instalados desde que o homem assumiu funções presidenciais há quatro anos e nada resolveu. Pelo contrário, deram-se agravamentos sociais, profissionais, e de saúde. O número de sem- abrigos aumentou, e ele parece que não deu por isso, apesar de sair à noite para ajudar a distribuir pão, que rosas à noite não brilham para as câmeras de tv. A hipocrisia aqui também luziu, só os distraídos e fanáticos acéfalos é que não alertou o povo humilde e os que tiram vantagem destas “cenas” no escuro. Portugal está em crise e em penúria desde que é nação a querer integrar-se na Europa dos ricos. A pandemia apenas nos toca há apenas alguns meses, e o homem está no poder e no palácio há anos, e a sua intervenção em nada contribuiu para a diminuir. Pelo contrário. A sua popularidade vem caindo. É certo que o homem leva vantagem sobre os frágeis opositores, com discurso pouco convincente que lhe faça frente. A oposição bem tenta colá-lo agora como sendo ele o candidato do PS ao cadeirão desejado, partido ferido pela geringonça mas que ainda tem “costas” suficiente para o carregar, como o vem fazendo, de tal modo que nem se percebe como ainda não o convidou para um lugar Emérito, após o segundo mandato nos moldes que mantém o povo com o pé descalço e ferido na alma, como no tempo da outra senhora ou até mais preocupado no dia-a-dia. O professor que tanto gosta de comprar a cultura que outros génios que vivem a pão e água, produzem, devia-se recatar mais, o que agora promete fazer. Vai tarde, pois quase todos nós eleitores atentos e críticos, sem venda nos olhos nem máscara que nos impeça de o desmascarar, não o apoiaremos, já que um disfarçado e quase inútil, apanha-se mais depressa que um coxo. É o caso. A mim não me leva ele!
Joaquim A. Moura