Direito de resposta
Ex. mo Senhor Diretor do Diário de Notícias da Madeira
Ao abrigo da Lei de Imprensa, venho por este meio exercer o meu direito de resposta ao artigo publicado nas “Cartas do Leitor” do dia 8 do corrente, cujo título é “Laparoscopia nas condutas do Funchal”
“Uma mentira repetida 100 vezes torna-se verdade”
Caro Senhor, não andei de fita métrica na mão e o meu artigo, não é um artigo científico. A minha opinião é fundamentada na informação que obtenho, com o nível de generalidade que considero adequado ao tipo de comunicação que utilizo, através da comunicação social. Informação que não foi desmentida pelas entidades responsáveis. Sobre a laparoscopia, dispenso a graçola, até porque o assunto é sério.
Congratulo-me pelo facto de, no meu artigo extenso e acutilante, o único reparo que lhe mereceu, foram os Km de rede de água.
Em 1985, fui eleito Deputado Municipal pelo PRD. Na altura, considerava-se que a longevidade da rede de distribuição de água já estava ultrapassada em 30 anos. Considerava-se ainda que o Funchal tinha em certos aspetos problemas mais graves do que Lisboa, devido ao facto de, por falta de alternativas de terrenos urbanizáveis a cotas acessivas, que deveriam ser disponibilizados pela CMF e pelo GR, através duma correta política de solos, as pessoas eram obrigadas a construir a cotas cada vez mais elevadas, o que criou problemas de difícil solução a nível de distribuição de água, de saneamento básico, etc. É o preço que todos nós temos todos de pagar por décadas de políticas demagógicas e populistas prosseguidas durante décadas pelo PPD-M, que, ao não querer perder um único voto, fazia “vistas curtas” e deixava as pessoas construir onde podiam, criando um perfeito caos urbanístico.
Ciente da fraqueza dos seus argumentos, Miguel Teixeira, usou como “argumento de autoridade” os dados que alegadamente constavam no Relatório e Contas da CMF. Tanto quanto é do meu conhecimento, desses documentos não é possível extrair a informação que refere, pelo que considero esses seus argumentos “Trumpices”.
Tanto AJJ, como Albuquerque, são homens do Show off, de espetada e banda nas inaugurações e fogo de estalo para “pacóvio” encher o olho com o “pugresso” da “Madeira Nova”. Não estiveram para gastar dinheiro numa coisa para enterrar, que ninguém via, e, portanto, não dava votos, sobretudo estando a câmara de Albuquerque falida e um governo que teve de nos sujeitar a um PAEF e um PAEL.
Não sou uma “pena de aluguer”, sou um livre pensador, quando escrevo não faço “fretes”, não dependo de qualquer tribo, casta ou seita nem tenho qualquer emprego a “arranjar” ou a salvaguardar, para mim ou para qualquer outro membro da minha família. Escrevo apenas por uma questão de cidadania e para que os populistas/manipuladores que nos governam não considerem que somos todos parvos ou distraídos.
Helder Melim