Trump (DT) tem resultados eleitorais melhores do que previam as sondagens que davam Biden (JB) como grande favorito. Os seus detratores com ênfase para os media acusam-no de mentiroso, incompetente na gestão da pandemia, insolente, enfim politicamente incorreto, mas DT não só manteve o seu eleitorado como ainda o aumentou. O seu opositor o politicamente correto Biden (JB) que com o eclodir da pandemia parecia imparável não está a confirmar nas urnas a superioridade indicada nas sondagens. Há uma América urbana, cosmopolita, culta, com elevado nível médio de educação, facilidade de emprego e de acesso à saúde que se revê em JB e abomina DT. Já a América rural das pequenas cidades, pouco culta, baixo nível médio educacional, dificuldade no acesso à saúde, dificuldade de emprego, dos agricultores, dos pequenos empresários e comerciantes obrigados a lutar diariamente para sobreviver prefere DT e despreza JB. É irónico que JB o “socialista” e teórico defensor dos mais desprotegidos, paladino anti-racista e contra todas as injustiças seja preterido por 69 milhões desses votantes que diz defender mas que apoiam DT. A CNN, que é pró JB, mostrou em recente sondagem que 1 em cada 3 eleitores referiu a economia, 1 em cada 5 a questão racial e só 1 em cada 6 referiu a pandemia como os fatores determinantes para o seu voto. Isto explica porque é que JB se esqueceu da economia onde DT teve êxito e centrou a sua campanha na pandemia onde a imagem negativa de DT foi ampliada pelos media, quando afinal DT no que concerne à pandemia procurou aplicar o modelo sueco. A eventual derrota de DT será resultado da autossuficiência exacerbada do seu ego que o leva a ignorar recomendações inclusive dos seus próprios conselheiros científicos, pela truculência do discurso e mentira boçal que convence um certo tipo de eleitor mas que noutro gera total repúdio e por ser incapaz de adequar a sua mensagem política a um discurso mais racional e equilibrado.

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