Alemanha regista novo máximo com mais de 23 mil infecções em 24 horas
A Alemanha registou um novo máximo de infeções pela SARS-CoV-2, pelo terceiro dia consecutivo, com mais de 23 mil casos positivos e 130 mortos em 24 horas, segundo o mais recente balanço do Instituto Robert Koch (RKI).
O número de novos infetados continua a aumentar, depois dos 21.506 casos registados na sexta-feira e 19.990 na quinta-feira, segundo refere a agência EFE.
O recorde anterior era de 19.059 novos infetados, confirmados em 31 de outubro.
Em comparação, no pico da primeira vaga foram contabilizados 6.294 casos, em 28 de março.
O RKI anunciou ainda que foram registados 130 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas, o que assinala também um novo máximo da segunda vaga, embora ainda longe do recorde de 315 mortes num dia, verificado em 16 de abril, no pico da primeira vaga.
O total de casos positivos desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 642.488, com 11.266 óbitos. Cerca de 412.000 pessoas recuperaram da infeção pelo novo coronavírus.
A taxa média de contágio dos últimos sete dias é de 0,99, ou seja, cada novo infetado, em média, contagia quase mais uma pessoa.
A Alemanha voltou a aplicar um conjunto de restrições à vida pública e à atividade económica desde segunda-feira, com o objetivo de controlar a propagação do coronavírus.
Bares, restaurantes, teatros, cinemas, academias, 'spas' e museus estão encerrados.
As lojas e as escolas ainda permanecem abertas.
As reuniões foram limitadas a dez pessoas, no máximo duas famílias, o turismo foi proibido e o teletrabalho é recomendado.
A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou a situação do país como "dramática" e alertou que o sistema de saúde pode atingir a sua capacidade máxima em "semanas".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal morreram 2.792 pessoas dos 166.900 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.