Paulo Neves questiona "como é que se pode falar em coesão territorial"
“Quando partimos do princípio de que a coesão territorial implica reduzir as distâncias entre os vários territórios do País e implica, também, atender às especificidades e necessidades de cada região, ouvir este Governo da República a falar de coesão territorial só pode ser uma piada de mau gosto”, afirma o deputado do PSD-M, Paulo Neves, que, hoje, na Assembleia da República e perante a Ministra da Coesão Territorial, fez questão de lembrar os vários exemplos que contradizem essa política relativamente à Madeira, desde logo ligados à mobilidade.
O deputado questiona "como é que se pode falar em coesão territorial quando assistimos a preços abusivos e absolutamente inaceitáveis nas viagens aéreas entre a Madeira e o continente português, praticados por uma companhia que é pública, como é o caso da TAP".
Paulo Neves vincou o quanto esta falta de estratégia verdadeiramente assumida e vocacionada para cumprir este principio tem prejudicado os residentes – em particular os estudantes – e mesmo a procura turística, pelo nosso destino.
Na sua sua intervenção, destacou também a importância da mobilidade digital e a necessidade de o Governo da República assumir, nesta matéria, as suas obrigações e responsabilidades, lembrando, a este propósito, o investimento que está a ser feito pela Região sem qualquer suporte financeiro nacional. Isto depois de ontem ter sido taxativo ao lamentar que o Governo da República se tenha esquecido de incluir, no Orçamento de Estado para 2021, mais uma proposta tendente a garantir este princípio da coesão territorial: o ferry.