Taxa de desemprego na Madeira aumenta quase 2 pontos percentuais no 3.º trimestre
Fixou-se nos 8,6% face aos 6,7% do 2.º trimestre, tendo aumentando ainda 1,7% face ao trimestre homólogo. Ou seja mais de 3.200 novos desempregados nos últimos 3 meses.
"Os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 3.º trimestre de 2020 indicam uma taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira (RAM) estimada em 8,6%, valor superior em 1,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e em 1,7 p.p. face ao trimestre homólogo. É o valor mais elevado desde o 4.º trimestre de 2018 e reflete o impacto no mercado de trabalho da Região dos efeitos da pandemia do COVID-19", informa esta manhã a Direcção Regional de Estatística.
Desse modo, "a estimativa da população desempregada, apurada em 11,8 mil pessoas, aumentou 22,3% face ao trimestre homólogo (+2,1 mil) e 37,9% comparativamente ao trimestre anterior (+3,2 mil)", calcula a DREM.
Já a "população empregada fixou-se em cerca de 125,2 mil pessoas, registando uma diminuição de 3,7% em termos homólogos (-4,8 mil) e um aumento de 4,5% em relação ao trimestre precedente (+5,4 mil)", aponta. "Este crescimento face ao trimestre precedente explica-se pelo facto de o período entre Abril e Junho de 2020 ter sido muito condicionado por restrições à economia com o objetivo de impedir o alastramento da pandemia. Isto fez com que alguma população que no 1.º trimestre foi classificada como empregada ou desempregada tivesse no 2.º trimestre sido considerada como inactiva, de acordo com a aplicação dos critérios (internacionais) do Inquérito do Emprego", justifica a DREM.
Também a "taxa de atividade das pessoas em idade activa (15 e mais anos), no 3.º trimestre de 2020, foi estimada em 61,9%, tendo diminuído 1,9 p.p. em relação ao trimestre homólogo e aumentado 3,8 p.p. face ao trimestre anterior, crescimento explicado pelo referido no parágrafo anterior", realça. "A taxa de atividade nas mulheres foi de 56,7%, inferior à dos homens (68,0%) em 11,3 p.p.", acrescenta.
"Nota também para a população inativa, que se fixou em 116,9 milhares no trimestre em referência, crescendo 3,5% face ao mesmo trimestre do ano anterior. Comparativamente ao trimestre precedente, há a registar uma diminuição de 6,8%, que se deve à situação particular do trimestre anterior, acima referida".
Por fim, comparado com Portugal, onde "a taxa de desemprego no trimestre em análise cresceu para os 7,8%, +2,2 p.p. do que no trimestre anterior e +1,7 p.p. comparativamente ao trimestre homólogo", significa que a Madeira tem a segunda maior taxa de desemprego, só suplantada pela capital.
"Todas as 7 regiões do país registaram aumentos na taxa de desemprego face ao trimestre anterior, com os maiores crescimentos a se registarem na A.M. Lisboa (+3,0 p.p.) e no Alentejo (+2.9 p.p.). O aumento menos pronunciado aconteceu no Centro e no Algarve (+1,1 p.p. em ambos os casos). Assim, abaixo da média nacional da taxa de desemprego estão as regiões do Centro (5,8%), Alentejo (6,2%) e R.A. Açores (6,7%) e acima da referida média encontram-se o Norte (7,9%), o Algarve (8,5%), a R.A. Madeira (8,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (9,5%)", conclui a DREM.