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Ainda não há vencedor nas eleições americanas

Joe Biden lidera com 224 delegados contra 213 de Donald Trump

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Na última actualização, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, está à frente do Presidente norte-americano, com 224 contra 213 delegados no Colégio Eleitoral, segundo projeções dos principais 'media' norte-americanos.

Trump somou os 38 delegados do importante estado do Texas, o segundo maior do país depois da Califórnia.

O Colégio Eleitoral é um órgão de 538 delegados que elegem estados com base na população. O candidato vencedor em cada estado, mesmo por um único voto, recebe todos os delegados, com exceção do Nebraska e do Maine.

O candidato que atingir 270 delegados vence as eleições.

Trump (213): Alabama (9), Arkansas (6), Carolina do Sul (9), Dakota do Norte (3), Dakota do Sul (3), Florida (29), Kansas (6), Kentucky (8), Idaho (4), Indiana (11), Iowa (6), Louisiana (8), Mississippi (6) Missouri (10), Montana (3), estado do Nebraska (2), distrito de Nebraska 1 (1), distrito de Nebraska 3 (1), Ohio (18), Oklahoma (7), Tennessee (11), Texas (38), Utah (6), Virginia Ocidental (5) e Wyoming (3).

Biden (224): Califórnia (55), Colorado (9), Connecticut (7), Delaware (3), distrito de Columbia (3), Hawai (4), Illinois (20), Maryland (10), Massachusetts (11), Minesota (10), distrito de Nebraska (1), Nova Jérsia (14), Nova Iorque (29), New Hampshire (4), Novo México (5), Oregon (7), Rhode Island (4), Vermont (3), Virgínia (13) e Washington (12).

Biden confiante

O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, mostrou-se hoje confiante na sua eleição como Presidente dos Estados Unidos e pediu paciência, recordando que vai demorar até que todos os votos sejam apurados.

"Sentimo-nos bem com o sítio onde estamos. Acreditamos que estamos no caminho para vencer esta eleição", afirmou Biden, 77 anos, falava pouco depois das 00:40 locais (05:40 em Lisboa), junto à sua sede de campanha, em Wilmington, no estado de Delaware, onde cresceu e pelo qual foi eleito senador.

O candidato garantiu ainda que vai vencer na Pensilvânia, considerado um dos estados-chave para determinar a eleição do próximo Presidente norte-americano.

Devido à covid-19, o candidato falava num palco num parque de estacionamento, onde se encontravam 200 a 300 viaturas com apoiantes.

"Sabíamos que, por causa do voto antecipado e do voto por correspondência, sem precedentes, vai demorar. Temos de ter paciência até que o difícil trabalho de contar votos esteja terminado", apelou, acrescentando que "não acabou até que todos os votos estejam contados, até que todas as urnas estejam contadas".

Biden insistiu: "Estamos a sentir-nos bem", antes de enumerar alguns estados onde o Partido Democrata já alcançou ou ainda espera bons resultados: Arizona, Georgia, Wisconsin, Michigan -- todos considerados estados-chave -- e Minnesota.

"E, já agora, vai demorar a contar os votos, mas vamos ganhar a Pensilvânia", outro estado determinante.

"Não me cabe a mim nem a Donald Trump declarar quem ganhou, é uma decisão do povo americano, mas eu estou otimista com este resultado", declarou, antes de agradecer o trabalho dos membros da sua equipa, do partido e aos trabalhadores no processo eleitoral, bem como aos seus apoiantes.

Recordando uma frase dos seus avós, disse: "Mantenham a fé, vamos ganhar isto".

Segundo a mais recente projeção dos resultados no Colégio Eleitoral, Joe Biden lidera, com 223 delegados, contra 175 de Donald Trump, que concorre à sua reeleição pelo Partido Republicano.

Trump acusa democratas 

O Presidente dos Estados Unidos e recandidato pelo Partido Republicano à Casa Branca acusou hoje os democratas de estarem a "tentar roubar a eleição" e fala numa "grande vitória".

"Estamos em grande, mas eles estão a tentar roubar a eleição", escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

"Nós nunca vamos deixá-los fazer isso. Os votos não podem ser lançados após o fecho das votações!", acrescentou.

Numa publicação anterior, Trump prometeu fazer uma declaração para breve e acabou com a declaração: "Uma grande vitória!".

Pouco antes e ainda com os resultados a serem apurados, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, mostrou-se confiante na sua eleição como Presidente dos Estados Unidos e pediu paciência, recordando que vai demorar até que todos os votos sejam apurados.

Twitter lança alerta

A rede social Twitter alertou hoje os utilizadores sobre o conteúdo potencialmente enganoso de uma mensagem do Presidente dos EUA e recandidato republicano à Casa Branca, na qual acusou os democratas de tentarem "roubar a eleição" presidencial.

"Parte ou todo o conteúdo compartilhado neste 'tweet' é contestado e suscetível de ser enganoso quanto ao modo de participar numa eleição ou num outro processo cívico", escreveu a rede social na publicação de Donald Trump, logo após a mensagem ter sido divulgada.

Concentração na Casa Branca desmobiliza 

A concentração contra a recandidatura do presidente Donald Trump junto à Casa Branca, Washington, demobilizou após o discurso do candidato democrata, Joe Biden, mas ficou marcada pela intervenção de grupos antifascistas que enfrentaram a polícia da capital.

Os jovens identificados com bandeiras antifascistas, pretas e vermelhas, organizados por grupos e equipados com botas da tropa, capacetes e máscaras antigás, tentaram libertar um ativista que tinha sido detido por desacatos, tendo cercado os agentes da polícia que se encontravam no local e que foram insultados e empurrados para uma rua perpendicular à "Praça Black Life Matter".

A rua que dá acesso ao jardim das traseiras da residência oficial do chefe de Estado norte-americano e de onde é visível a Sala Oval, chegou a estar cheia de apoiantes do Partido Democrata, grupos defensores de direitos humanos e ativistas políticos contra Donald Trump.

A frase "em caso de golpe de Estado somos muitos e eles são poucos" manteve-se projetada através de um feixe de luz até cerca da 01:00 (06:00 em Lisboa), quando Donald Trump difundiu através das redes sociais a acusação de que "eles estão a tentar roubar a eleição".

A acusação, sem qualquer tipo de justificação, foi difundida por Donald Trump imediatamente o discurso de Joe Biden, em Delaware, em que se mostrou confiante na vitória, pedindo aos democratas "paciência" enquanto aguarda os números finais.

O sinal de confiança na possível vitória transmitido pelo candidato democrata acontece após a divulgação dos resultados dos estados do "Midwest" dos Estados Unidos.

A declaração de Biden foi acompanhada pelos manifestantes que se mantiveram até ao início da madrugada junto à Casa Branca.

"Aquela casa ali é o coração da América e o coração do mundo. Se continuar ali Donald Trump, o coração vai parar de bater", disse à Lusa um manifestante, apontando para a Casa Branca visivelmente revoltado com a declaração de Donald Trump.

O candidato democrata à Casa Branca está à frente de Donald Trump, com 224 contra 213 delegados no Colégio Eleitoral, segundo projeções que estão a ser divulgadas nos Estados Unidos.

Após a declaração de Joe Biden os manifestantes que se mantiveram junto à Casa Branca desde o fim da tarde de terça-feira começaram a desmobilizar ficando algumas dezenas junto da grade de proteção montada pela polícia, tal como acontece todos os dias.

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