Funchal precisa de ser resgatado
Para além de nos criarem problemas com as provas de atletistmo em pleno dia de trabalho, a Câmara do Funchal e o Governo Regional tramam ainda mais a vida dos funchalenses ao decidirem intervencionar uma série de ruas e estradas, ao mesmo tempo. As obras são necessárias, a requalificação das ribeiras, imperiosa, mas a olho nu parece que tudo é feito sem o devido planeamento, atenpadamente, informando os cidadãos a tempo e horas dos contratempos quotidianos. Quando chove tudo de complica e tudo fica mais difícil. O Funchal parece agora uma cidade em constante sobressalto. Os constrangimentos são tantos que penso duas vezes antes de sair de casa. Chegar ao centro é uma aventura. Estacionar é outra. Passear por uma rua desempedida é quase uma utopia. Esta cidade precisa de planeamento estratégico, de ambição, de limpeza, de semáforos sincronizados, de mais policiamento. Passar na zona do Anadia, Mercado, Travessa da Malta é um verdadeiro “atentado”, dado o número de jovens e menos jovens dependentes da droga. Nas imediações do adiado Largo do Pelourinho é vê-los, aos pares, a se injetarem à luz do dia, sentados atrás dos carros estacionados. Tudo é feito às claras e à vista de velhos e crianças. Esta cidade está a perder a sua identidade, em que a segurança ocupava o lugar cimeiro. O número de cães vadios também tem vindo a aumentar. Animais que usam a via como depósito das suas necessidades. Não será mesmo possível dar a volta a isto? Tornar o Funchal na cidade moderna, limpa e segura que todos desejamos? As pessoas não querem saber de política, querem é a sua vida facilitada e lugares aprazíveis para circular. Falem com os munícipes, informem-nos, mostrem a mais-valia de cada obra, de cada interrupção e lutem por uma cidade mais urbana e mais amiga do funchalense.
Luís Costa