O Natal do Sr. Albuquerque
Proibir os circos, pelos quais as crianças esperaram um ano inteiro, e para os quais não existe alternativa na Madeira. Quer dizer… há, mas só para os que têm condições para se deslocarem ao continente, ou a Monte Carlo, porque não, com as suas famílias, aproveitando para umas compras folgadas de Natal, seguidas de um merecido período de descanso / confinamento no domicílio. É verdade que estas viagens, ainda por cima com miúdos, são bastante cansativas… Para o Zé Povinho, fica para o ano, ou para quando o Sr. Albuquerque quiser.
As tendas do Circo, amplas e arejadas, que tantas vezes não ficam lotadas, e nas quais facilmente se poderiam dispor as pessoas com distâncias de segurança, não são lugares seguros. Já as tabernas e as tascas, onde jovens e menos jovens bebem e se embriagam até ao vómito, causadoras de exclusão e violência social, bem visíveis, e violência doméstica, menos visível, mas bem mais mortal, essas podem continuar abertas. Parece no conceito do Sr. Albuquerque, não há verdadeira Festa sem Bebedeira.
O que dizer relativamente aos tiques de autoritarismo, quando proíbe a visita à neve, outra actividade que se faz em família, e no lugar mais arejado da ilha?
Será que o Sr. Albuquerque tem alguma coisa contra as crianças, ou as famílias?
Feliz Natal Sr. Albuquerque.
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