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Os que tudo apregoam e os que verdadeiramente fazem

Assumir posturas destrutivas contra tudo o que aqui se faz não abona a favor de ninguém

A exigência de governar neste ano atípico que está prestes a acabar mereceria, à partida e do ponto de vista político, outra seriedade, por parte daqueles que, na oposição, continuam a insistir nos chavões gastos que lhes valeram três derrotas eleitorais em 2019 e na demagogia barata que nada – repito, nada – acrescenta a quem agora mais precisa de ajuda e atenção.

E quando falo de seriedade, falo, também, de oportunidade. Falo de consistência, verdade e coerência. Falo, acima de tudo, de princípios pelos quais nos devemos reger, sempre e em todas as circunstâncias, neste caso colocando em primeiro lugar e seja contra quem for, a defesa da Madeira e dos Madeirenses.

Princípios esses que devem fazer-se valer, ainda mais, nos piores e mais difíceis momentos. Como aqueles que atravessamos. Como aqueles que, sozinhos e sem qualquer tipo de ajuda ou solidariedade nacional, estamos a ultrapassar, graças a um povo que também, ao nosso lado, resiste, acredita e confia.

Sendo certo que, em democracia, é preciso gerir e aceitar a diferença de opiniões e que é também dessa dialética que a evolução depende, a verdade é que assumir posturas destrutivas contra tudo o que aqui se faz não abona a favor de ninguém.

Mas nem é dessa diferença de opiniões que se trata, pois, se assim fosse, seria bem mais fácil de encarar e até, quiçá, de garantir que dessa diferença houvesse convergência.

Mas não, o que existe é uma postura, permanente e deliberada, de criticar por criticar e de deitar abaixo tudo aquilo que de bom se faz e se fez, neste cenário de crise nunca antes vivido na Região e que, quanto mais não fosse, obrigaria, por isso mesmo, a outro respeito e concertação.

Aliás, seria preciso entender que esta postura, que parte da oposição, de nada serve ou ajuda aquela que deveria ser, mais do que nunca, a nossa grande prioridade coletiva, assente na proteção, na defesa e no apoio aos nossos cidadãos.

Era preciso entender que a atividade política e partidária, embora sem cessar funções ou sem interromper trabalhos que são fundamentais para garantir as próximas vitórias eleitorais, deve saber encontrar os seus momentos e espaços, sabendo, também aqui, colocar em primeiro lugar o interesse superior do nosso povo.

Mas não, há quem não entenda e prefira insistir no erro.

Há quem prefira prometer o paraíso e apregoar-se alternativa de coisa nenhuma. Há quem prefira ficar teimosamente ao lado de um Governo da República que só nos prejudica e que, infelizmente, há muito que deixou claro que a Madeira não fez nem faz parte da sua lista de prioridades.

Há quem apregoe ser influente, dizer que se estivesse no lugar de A ou B faria desta ou daquela maneira para, afinal, esbarrar nas suas próprias promessas, contradições e devaneios que, inclusive, agora até nega.

Mas então, pergunto eu, do que é que estão à espera? Do que é que o PS/M está à espera para passar das intenções às ações onde é poder? Onde é que está o paraíso prometido, quando aquilo a que assistimos aponta, precisamente, em sentido contrário, com Municípios sucumbidos ao atraso, ao abandono e à total ausência de respostas a quem mais precisa? É porque nas autarquias que governa – até 2021, é certo – nada é feito nem cumprido.

Basta ver que, este ano e quando as nossas famílias e empresas mais precisaram, lhes viraram as costas, chumbando, deliberadamente, todas e quaisquer propostas que visavam reforçar apoios e devolver alguma esperança e alento.

Pior, nalguns casos ignoraram necessidades que agora dizem que irão colmatar em 2021, em função de empréstimos contratados nove meses depois da agonia e do desespero de muitos que fingiram não ver. 2021, leia-se, ano eleitoral.

Mas insisto, do que é que o PS/M está à espera para provar que é influente junto de António Costa quando, até hoje, a única coisa que fez foi subjugar-se, de forma vergonhosa, a uma postura discriminatória e altamente prejudicial para todos nós, há muito impossível de disfarçar, por mais cosmética investida?

Onde é que está a coerência e a força de um Partido que aqui apregoa mundos e fundos e que faria sempre melhor se estivesse no poder quando aprova e valida tudo o que de mau, do lado de lá, nos querem imputar? E que, ainda por cima, é conivente com todas as injustiças de que a Madeira tem sido alvo?

É porque não basta apregoar o paraíso se nada se faz. Não basta parecer sem ser.

Porque assumir-se alternativa e fazer propaganda disso quando cada Madeirense sente, na pele, o contrário, é exatamente a razão maior pela qual não passam de oposição.

Bom para nós, PSD/M, que continuamos a ser solução no presente. Estamos e estivemos, sempre, ao lado da nossa população e soubemos trabalhar em nome de cada Madeirense e Porto-Santense, investindo muito mais nas soluções do que na propaganda que não passa disso mesmo.

E é também por isso que somos a solução do presente e somos, cada vez mais, a solução do futuro. Porque, em nome de uma população que nos merece respeito e que, diariamente, justifica todo o nosso esforço, cumprimos e concretizamos.

E assim continuaremos, porque o paraíso não se apregoa, constrói-se.

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