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Sai mais um Covid fresquinho?

Há um ano que não saio da Ilha e não consigo fazer ideia do que que será a minha vida neste futuro próximo

Às tantas devia fazer um esforço e pensar em escrever sobre outra coisa qualquer… Estou tão farto do Covid, das consequências do Covid e de ouvir falar de Covid que imagino que os meus dois fiéis leitores estarão no mesmo registo.

Tudo me faz lembrar este maldito vírus! Ainda agora, acabadinho de validar duas transferências, uma para pagar IRC e outra para pagar IMI (mais um; parecem coelhos!), se dei por mim a pensar no maldito Covid.

Recebo telefonemas de fornecedores, a quem tenho de atrasar pagamentos porque o não posso fazer em relação ao Estado sem levar com uma multa e juros de usurário em cima e penso o quê? Estupor do Covid, que não me deixa ter receitas em volume suficiente para cumprir com esses compromissos.

Os meus colegas devem andar a perguntar-se como será com o subsídio de Natal e mais os ordenados que ainda falta receber a trabalhar para tão poucos clientes e amaldiçoam quem? Certamente que a mim, um bocadinho, mas o diabo maior é o Covid!

Há dias tive de responder a um questionário, por causa do Covid, claro, em que me perguntavam quais eram as minhas perspectivas para 2021 e a comparação entre o que eu estimava iria acontecer neste próximo ano face a 2019.

Dei por mim não a exasperar, como seria normal para quem não consegue planear para além da próxima semana, mas a sorrir perante tamanha perda de tempo, que só pode justificar-se pela falta de noção do que é gerir uma empresa de turismo em tempo Covid.

Há um ano que não saio da Ilha, não consigo fazer ideia do que que será a minha vida neste futuro próximo e não faço ideia do que me poderá ser permitido fazer durante o período de Natal, quando chegarem família e amigos. O raio do Covid não deixa e não se decide!

Não sou, no entanto, o único que não consegue só escrever sobre Covid. Se pensarmos na quantidade de anúncios sobre apoios à Economia para lutar contra o Covid, que um qualquer “minimis” depois desmente, não me acalma a ansiedade mas diz-me que não estou sozinho no mundo.

Aliás, chego à conclusão, tantos são os ditos anúncios e as boas novas, quão justificados acabam por ser os gastos no que inicialmente se julgou um número excessivo de assessores que este governo tinha. Perdão, tem, que o Covid também não tem que causar desemprego nem reduzir gastos na função pública!

Devia mesmo tentar falar sobre outra coisa, que já cansa de tanto Covid… Mas olhem, agora já gastei caracteres nisto e estou quase no limite do que me dão pelo que fica assim, se não se importarem muito…

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