Madeira

PS critica PSD por votar contra "um dos melhores orçamentos" para a Madeira

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Os deputados do PS-Madeira à Assembleia da República mostraram-se hoje satisfeitos com a aprovação do Orçamento do Estado para 2021, e deixaram críticas aos parlamentares do PSD-M por votarem contra “um documento que prevê a resolução de diversos dossiês importantes para a Região”.

Carlos Pereira referiu, durante a conferência de imprensa, que houve quem se tivesse afastado da solução e houve partidos e entidades que apostaram em melhorar o orçamento e em concretizá-lo. “Estamos perante um dos melhores orçamentos dos últimos tempos”, disse o socialista, congratulando-se pelo facto de, dentro da dificuldade partidária que existe na Assembleia da República, ter sido possível reunir os votos necessários para aprovar o Orçamento e, simultaneamente, ter sido possível “colocar um conjunto significativo de dossiês da Madeira”.

Segundo o deputado socialista, “estamos a falar de mais de mil milhões de euros de benefícios para a Madeira, um valor consistente e necessário para o combate à pandemia e para fazer face à crise económica e social”, que se traduz numa “solução muito boa para a Madeira”, referiu o parlamentar, que, juntamente com os seus colegas, se consideram “os embaixadores dos interesses da Madeira na Assembleia da República”.

O deputado fez questão de deixar claro que “desde que as soluções sejam boas para a Madeira, venham elas do partido X ou Y, os parlamentares socialistas madeirenses fazem tudo para que sejam aprovadas, mesmo que o partido não esteja de acordo”. Recordou que o seu partido não faz “proclamações inúteis e ocas” e esteve sempre “na primeira linha da defesa de todos os contributos que eram bons para a Madeira”, vincou.

Aliás, Carlos Pereira, que se fez acompanhar pela colega de bancada Marta Freitas, disse não perceber como é que um madeirense que tenha sido eleito à Assembleia da República pode “pôr em causa a votação de um cofinanciamento de 50% para o novo hospital (mais de 150 milhões de euros)” e não entende ainda “como é possível os deputados do PSD-M votarem contra um orçamento que tem 50 milhões de euros para a mobilidade aérea, que prevê a regulamentação dessa mobilidade para que os madeirenses paguem apenas 86 euros pelas viagens, que prevê o aceleramento para a construção das esquadras de Machico, Ponta do Sol e Porto Santo, que aumenta e consolida os avales do Estado (mais de 400 milhões de euros), que aumenta as pensões mais baixas dos madeirenses, aumenta o salário mínimo, aumenta os apoios para a Universidade da Madeira, reduz as taxas aeroportuárias e financia a instalação dos cabos submarinos”.

Recordou outros apoios que já vêm de orçamentos anteriores e que voltam a estar consagrados, tais como “a transferência de 16 milhões de euros dos jogos da Santa Casa da Misericórdia e o pagamento dos direitos de passagem à Empresa de Eletricidade”.

Carlos Pereira garantiu que os madeirenses “podem continuar a contar com o empenho dos deputados do PS” e reconheceu que nem tudo está resolvido, até porque há um conjunto de matérias por resolver que não cabem no quadro orçamental, seja por motivos técnicos, seja do ponto de vista político. Um exemplo disso é a prorrogação dos benefícios fiscais do Centro Internacional de Negócios da Madeira. “O compromisso que temos é que encontraremos uma solução que possa vir ao encontro do interesse da Madeira”, vincou o parlamentar.

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