Secretaria inicia campanha de sensibilização ao consumo do peixe-espada
Teófilo Cunha reuniu, esta sexta-feira, com os responsáveis do Pingo Doce
O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, iniciou esta sexta-feira, dia 27 de Novembro, um ciclo de reuniões com os responsáveis pelas grandes superfícies comerciais, empresários e operadores do sector das pecas.
O objectivo é sensibilizar as entidades envolvidas no circuito das pescas - desde a captura à distribuição, comercialização e venda ao público, a que poderá juntar-se também o sector da restauração - para uma campanha a apelar ao consumo do peixe-espada.
Hoje, numa reunião com esse propósito, o secretário com a pasta das Pescas ficou a saber que pode contar com a colaboração do Pingo Doce. Guilherme Sousa, director da cadeia de supermercados, e o responsável pela área comercial, Paulo Fernandes, garantiram ao governante “total disponibilidade” para participar na campanha.
Estes responsáveis lembraram ainda que as suas lojas "estão todo o mês de Novembro a desenvolver promoções precisamente com a descida do preço da espada".
Nesta mesma semana, Teófilo Cunha lançou um apelo público para que os madeirenses e porto-santenses consumam peixe-espada para ajudarem os pescadores e armadores a escoarem as cerca de 600 toneladas que se encontram armazenadas no Entreposto Frigorífico do Funchal.
Um stock de peixe “anormal” para a época do ano, mas que "tem uma relação directa com a crise sanitária, o encerramento da hotelaria, as restrições na restauração e a descida abrupta do mercado de exportação", explica.
Para minimizar a situação, o governante com a tutela do Mar e Pescas tem abordado o assunto com os operadores e armadores do sector e colocou em marcha a referida campanha de sensibilização ao consumo, que deverá ser "visível a partir de Dezembro", e iniciou reuniões de trabalho "com vista a solicitar aos diferentes intervenientes que, se possível, baixem o preço da espada para o consumidor final".
“O Governo Regional está a fazer o que pode e está ao seu alcance”, disse Teófilo Cunha, lembrando que o executivo “não é dono de embarcações nem do peixe”, pelo que a sua intervenção tem de ser ao nível da “sensibilização junto de todos os que operam no mercado para que, dentro do possível, baixem os preços ajudando a economia regional, os pescadores e armadores e assim levem a população a aumentar o consumo”.