Arquivo Regional deverá ser ampliado nos próximos anos
Mais de dois terços da capacidade está já ocupada
Porque “é necessário manter a capacidade de resposta” do Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira, o Governo Regional pondera avançar em breve com estudos tendo em vista a ampliação do edifício, alargando-o à zona onde se situa o parque de estacionamento de superfície.
Intenção manifestada esta manhã pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, durante a visita, no referido edifício, à obra em curso de modernização da rede de combate a incêndios.
Porque actualmente já alberga “cerca de 22 quilómetros de documentos” sendo que “a capacidade do Arquivo anda à volta dos 30 [quilómetros]”, Albuquerque considerou ser altura de “começar no futuro, na eventual ampliação aqui para o lado deste edifício para termos mais capacidade de armazenamento”. Adiantou depois que essa ampliação, que conta realizar com financiamento do futuro quadro plurianual, será concretizada “no próprio terreno do parque de estacionamento” onde espera “começar já a trabalhar” no projecto.
Depois de visitar várias valências do Arquivo, disse ser fundamental perceber que “esta foi uma das obras mais importantes realizadas na Madeira até hoje”. A suprema importância tem razão de ser, “porque todo o arquivo, todo o nosso espólio que diz respeito à nossa identidade, aquilo que somos está aqui. É um repositório daquilo que somos, da nossa identidade”. Um investimento que considera ter sido crucial para salvar o arquivo documental que estava disperso e em condições precárias.
“Esta obra foi decisiva e fundamental do ponto de vista da Cultura e da preservação do nosso Património. Foi dos investimentos mais importantes que foram feitos na Região até hoje”, reforçou.
Por acolher inúmera e variada documentação, o presidente do Governo destacou as cerca de 300 mil fotografias do “espólio fotográfico do DIÁRIO de Notícias”. Porque espera continuar a receber documentos de diversas entidades, importa por isso pensar já na ampliação anunciada.
Aproveitou para lembrar a necessidade de todos os anos manter o investimento na Instituição, que já no próximo ano terá mais obras de manutenção.
“Um edifício destes tem sempre manutenção complexa e cara. Mas este é o preço a pagar para mantermos a nossa memória e aquilo que é fundamental que é a preservação do nosso património”, concretizou.
A visita presidencial de hoje, acompanhada dos secretários com a tutela dos Equipamentos e Infra-estruturas, Pedro Fino, e do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, deveu-se à intervenção de especial importância para a manutenção das condições de segurança do edifício, das pessoas que o frequentam e para a preservação de património documental de valor incalculável representa um investimento de 197 mil euros. Os trabalhos tiveram início a 19 de Setembro e está previsto estar concretizado na semana anterior ao Natal.