Embarcação com 46 pessoas e quatro cadáveres resgatada pela Marinha marroquina
A Marinha Real marroquina resgatou na quarta-feira no Mediterrâneo uma embarcação que estava à deriva com 50 migrantes de origem subsaariana a bordo, dos quais quatro foram encontrados já cadáveres, divulgou ontem uma fonte militar.
As quatro vítimas mortais são duas mulheres e dois bebés, segundo a mesma fonte, citada pela agência espanhola EFE, que precisou que a embarcação foi detetada a norte de Nador, cidade portuária do nordeste de Marrocos.
Os migrantes resgatados receberam os primeiros socorros a bordo do navio da Marinha marroquina e foram posteriormente transportados para o porto de Nador, para prestarem declarações às autoridades locais.
A fonte citada pela EFE não deu pormenores sobre as nacionalidades dos migrantes resgatados.
O controlo das costas marroquinas foi intensificado em todo o norte do país desde 2019.
Neste momento, as partidas de embarcações (muitas vezes de construção precária) com migrantes a bordo têm sido registadas principalmente a partir do sul do território marroquino e do Saara Ocidental em direção ao arquipélago espanhol das Canárias, mas ainda são detetadas às vezes embarcações com migrantes irregulares nas águas do Mediterrâneo.
As Ilhas Canárias são um arquipélago espanhol localizado a cerca de 100 quilómetros das costas de Marrocos e do Saara Ocidental que tem testemunhado nos últimos meses um aumento significativo dos fluxos de imigração irregular a partir de África.
A rota da África Ocidental em direção às Canárias é conhecida por ser extremamente perigosa.
Desde o início de 2020, foram registadas 18.348 chegadas de migrantes irregulares às Canárias, metade delas só no último mês.
Uma grande maioria dos migrantes são marroquinos.