Cuidados em comunidade em tempos de Covid
Este ano o Natal será diferente. Não será melhor, será diferente. O Natal, que tão bem conhecemos como um tempo de reunião, um tempo de abraços, um tempo de frio aquecido pelo calor humano, será certamente um Natal mais distante, onde é imperativo evitar os tão tradicionais ajuntamentos, os festejos, os convívios nos adros das igrejas, após as características missas do parto, que tanto nos lembram esta época festiva. Muitos dos nossos estudantes não virão passar o Natal com as suas famílias (já não bastava o preço das passagens aéreas, agora é o Covid que força ainda mais esse distanciamento!). Muitos idosos ficarão sozinhos num lar ou numa maca na Urgência. Mas que o Covid não seja uma desculpa para uma vez mais nos esquecermos de quem realmente precisa de ajuda. De um sorriso, de uma palavra amiga, de um prato de sopa quente neste frio Natal. Não invalida que decoremos a casa (com o que já temos do ano passado) e, dentro de cada casa, façamos um Natal diferente, em saúde. Perante um quase inevitável quadro de transmissão comunitária, nunca é demais relembrar: use máscara, evite fazer voltas desnecessárias, lave as mãos, evite os ajuntamentos e, perante sintomas sugestivos, contacte a linha SRS 24 Madeira – 800 24 24 20.
A quadra natalícia é uma época difícil para estar a pedir tamanhos sacrifícios, mas, em primeiro lugar, é preciso defender a saúde e a vida, a própria e a de toda a comunidade. A guerra contra a pandemia é uma luta que diz respeito a cada um de nós. Só com o empenho de todos é possível ultrapassar toda esta situação. É uma responsabilidade coletiva de que ninguém se pode demarcar. É um dever cívico, ético e moral. Todos estamos mobilizados para podermos sair vitoriosos das batalhas que estamos a travar contra um inimigo invisível e silencioso que tem provocado muitas baixas pelo mundo inteiro.
Este é o primeiro Natal vivido em situação de pandemia. Oxalá seja o último! Mas, para que isso aconteça, comecemos a preparar desde já o Natal de 2021, para que seja celebrado, como sempre foi, em paz, com a alegria da família reunida. Tudo depende dos nossos comportamentos, da forma como formos capazes de cumprir as medidas de segurança sobejamente divulgadas. Não façamos letra morta das recomendações das entidades responsáveis pela saúde. Não estamos a fazer nenhum favor. Está em causa a saúde e a vida de cada um de nós.