Agente diz que o ex-jogador não teve assistência médica adequada
Matías Morla, agente e advogado de Diego Maradona, afirmou hoje que o ex-futebolista, que morreu na quarta-feira, não teve assistência médica adequada e vai pedir que essa questão seja "investigada até às últimas consequências".
"É inexplicável que durante 12 horas o meu amigo [Maradona] não tenha tido a atenção médica que devia ter tido, por causa do seu estado de saúde. A ambulância demorou mais de meia hora a chegar o que é uma idiotice criminosa", escreveu Matías Morla na sua conta na rede social Twitter.
O agente de Maradona garantiu que essa situação "não será esquecida" e vai pedir que seja "investigada até às últimas consequências".
"Diego disse-me que eu sou o soldado dele e para agir sem misericórdia", frisou.
Morla esclareceu ainda que não vai comparecer no velório de Maradona, por já ter feito a sua despedida pessoalmente.
"Para definir Diego neste momento de profunda desolação e dor, posso dizer que ele foi um bom filho, foi o melhor jogador de futebol da história e foi uma pessoa honesta", concluiu.
Maradona, considerado um dos melhores futebolistas da história, morreu na quarta-feira, aos 60 anos, e o anúncio público foi feito por Matías Morla.
Segundo a imprensa argentina, Maradona, que treinava os argentinos do Gimnasia de La Plata, sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires.
A sua carreira de futebolista, de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA vencidos ao serviço dos italianos do Nápoles.
O Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto nacional pela morte de Maradona.