Madeira

ABAMA critica seguro pago pela Gesba propõe 'Fundo Mutualista de Colheitas'

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A ABAMA, Associação de Organizaçoes de Produtores da Banana da RAM veio hoje, dia 27 de Novembro, pronunciar-se sobre o Seguro Colectivo de Colheitasn que o Governo Regional da Madeira, através da GESBA – Empresa de Gestão do Sector da Banana, assegura e suporta para todos os produtores de banana que entreguem a sua produção naquela empresa pública.

Este seguro permite aos bananicultores ter as suas produções asseguradas contra intempéries, como granizo, incêndios, ventos e chuvas fortes. Todavia, a ABAMA chama atenção para o facto de ser necessário ter um prejuízo (perda total) de pelo menos 30% da exploração para que o dito seguro seja acionado.

"Para o Bananicultor medio, um prejuízo inferior a 30% considerando a pequena dimensão das suas explorações e o volume dos seus rendimentos (depois das despesas de exploração pagas) não receber compensação do seguro, por mais pequeno que seja o seu prejuízo é mais dramático e penalizador do que se tivesse 50% de destruição do bananal, ou mesmo um prejuízo total".

Este segura "de nada serve, se considerarmos as dimensões das explorações de Banana da Madeira", observa a ABAMA, frisando que "a maioria dos bananicultores da Madeira "vive economicamente no limite da sua sustentabilidade" e por isso entende que, "seja lá qual for o prejuízo, os efeitos directos na sua vida pessoal, familiar e de agricultor são arrasadores".

"Perder seja que percentagem for, para o agricultor da banana, é economicamente incomportável. Para muitos perder 100€/mês é a diferença entre viver dignamente ou ter que pedir esmola".

Como solução, a ABAMA defende que a GESBA e o Governo Regional devem promover a criação de um 'Fundo Mutualista de Colheitas',  "que garanta a compensação adequada – independente das áreas mínimas dos seguros do governo (30%) - pelas perdas na sequência de fenómenos climáticos adversos (ventos) de surtos de doenças, de pragas ou de incidentes ambientais".

Esta medida, defende a Associação, deverá também "abranger um instrumento de estabilização dos rendimentos, igualmente sobre a forma de Fundo Mutualista, destinado a apoiar os agricultores que se defrontem com eventuais reduções significativas dos seus rendimentos".

"Claramente, a GESBA, produz muitos rendimentos e benefícios económicos pela capitalização do monopólio da comercialização da Banana da Madeira. Criar um Fundo Mutualista para o Bananicultor, eventualmente, extensível a todos os Agricultores Madeirenses é materialmente exequível".
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