Madeira

Reforço de voos é balão de oxigénio para Natal "um pouco melhor"

Director do Belmond Reid's Palace diz que ainda assim hotelaria está longe da retoma. Mas não prevê fechar hotel no início de 2021

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Foto Arquivo

É uma bolsa de oxigénio mas não é possível falar em retoma, diferencia Ciríaco Campus, director do mais antigo hotel da Madeira. O gestor do Belmond Reid's Palace acredita que o reforço de operações das companhias - estão previstas 437 chegadas e 77 mil lugares - poderá contribuir para um Natal “um pouco melhor” do que estavam à espera, mas que ainda vai demorar até que a hotelaria volte ao que era. O reforço do pessoal nesta quadra será de acordo com a procura e em Janeiro não há planos para fechar.

À frente da unidade hoteleira desde 2013, Ciríaco Campus tem o compromisso de manter o hotel aberto e os 150 postos de trabalho que tem neste momento. “Temos de tomar esta notícia com moderado entusiasmo”, começa por dizer. “Daqui a falar de retoma passa muita água debaixo das pontes”.

O director está confiante que o reforço da operação área, que faz manchete hoje na edição do DIÁRIO, vai aumentar o número de turistas e acrescenta que todos os voos para trazer visitantes nesta altura muito difícil são bem-vindos. Mas alerta para não ir em grandes festas, até porque no seu entender nem é o mês todo, são as semanas da quadra festiva. “Há companhias que vão começar a viajar a metade do mês de Dezembro”.

Ciríaco Campus espera que os voos programados realmente se concretizem. Revela que como hoteleiro o mais complicado é a ausência de clientes.

Quanto ao próximo ano, não prevê encerrar o hotel nem em Janeiro ou nos meses seguintes. “Não temos planos de fecho do hotel”, afirmou, apesar de dizer que há “boatos” nesse sentido. Enquanto houver condições, o hotel vai estar em funcionamento e só fechou este ano porque não havia meios para o manter aberto.

Ciríaco Campus não entra nos valores diários para manter o histórico hotel em funcionamento. “São custos muito altos, estamos a falar de muitos milhares de euros por dia”.

Nesta casa, Outubro foi um mês mais positivo, com cerca de 35% de ocupação. “Quando digo bom, é tudo contextualizado nesta situação”, esclarece o director, pois em outras alturas estes valores seriam olhados com outros olhos. Já Novembro, com o anúncio do ‘lock down’ na Inglaterra, a ocupação voltou a baixar.

“É complicado manter o hotel aberto, temos que aguentar, temos que ter uma atenção muito grande no que diz respeito aos custos e tentar balançar a pouca receita com os custos".

Sobre o reforço da equipa, o administrador diz que será consoante a ocupação e o volume de negócios. “Se aumentar o volume de negócios termos que alinhar as contratações de trabalhadores”.

Neste momento, o hotel não tem trabalhadores em lay-off e tem 150 pessoas ao serviço. “Penso que ainda somos o hotel com mais pessoal”, afirmou.

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