Madeira

"A igreja deve fazer política", revela o Bispo do Funchal

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"Simplicidade com profundidade". Foi assim que o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, definiu o livro que fala sobre o Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, e o seu olhar sobre a igreja e sobre a sociedade.

'Conversas Simples: Entrevista a Dom Nuno Brás' é uma obra de Francisco Gomes, baseada num conjunto de diálogos entre o autor e o bispo do Funchal, hoje apresentada no auditório do Museu Casa da Luz.

Já o Bispo do Funchal revelou que o livro surgiu de um desafio lançado em tempo de confinamento pelo autor Francisco Gomes. "Foram duas tardes de conversa muito boa", confidenciou.

"O bispo tem por missão proclamar a doutrina de sempre", mas admitiu que a maneira como vive, como olha a vida da igreja e da sociedade madeirense "pode ser que ajude alguém a interrogar-se". "E esse é o grande desafio do cristianismo", concluiu Dom Nuno Brás.

Francisco Gomes, o autor do livro, retrata D. Nuno Brás como "um bispo muito atento à sua igreja". "Uma igreja apenas focada numa organização ou numa ordem, distancia as pessoas", salienta o escritor, citando as palavras do prelado.

O livro retrata o pensamento do bispo do Funchal sobre os desafios com que se confrontam a vidas das comunidades católicas em todo o mundo, desde a "objectivação da Vida Humana, a relação entre a Igreja e a política e a importância da Misericórdia na vida sacerdotal até ao papel da mulher na Igreja, a importância do diálogo ecuménico e a relação do catolicismo com as mudanças culturais do momento”. Dom Nuno Brás aborda ainda as grandes questões da igreja, onde estão o abordo e a castidade.

O prefácio foi escrito por Dom Manuel Clemente, cardeal patriarca de Lisboa.

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